O Irão executou, esta segunda-feira, um homem condenado por espionagem ao serviço dos Estados Unidos e de Israel, anunciou a Justiça iraniana.
“Mahmoud Moussavi Majd foi executado, na segunda-feira de manhã, por espionagem, para que o caso da sua traição contra o seu país seja encerrado para sempre”, pode ler-se no site oficial da justiça iraniana, Mizan Online, citado pela agência France-Presse (AFP).
Majd foi acusado de ter fornecido informações aos Estados Unidos e a Israel sobre as deslocações do general Qassem Suleimani, comandante da Força Quds, unidade de elite encarregada das operações externas dos Guardas da Revolução, que foi assassinado, no início de janeiro, num ataque de um aparelho não tripulado norte-americano em Bagdad.
Em represália, a República Islâmica lançou mísseis contra bases militares iraquianas onde estavam soldados norte-americanos, causando grandes danos materiais, segundo Washington.
O Irão tinha anunciado, em julho de 2019, ter detido 17 iranianos no quadro do desmantelamento de uma “rede de espiões” da CIA – vários foram condenado à morte. Washington qualificou essas alegações de “totalmente falsas”.
No domingo, o país suspendeu a execução de três jovens que participaram de um protesto em novembro, depois de o Supremo Tribunal ter decidido rever o caso.
A sentença dos três jovens, identificados como Amir Hossein Moradi, Mohammad Rajabi e Saeed Tamjidi, provocou protestos no país e a criação de uma hashtag para impedir a aplicação da sentença, partilhada mais de quatro milhões de vezes no Twitter.
ZAP // Lusa