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Isaltino: o “vinho banal” de 55 euros e almoçar é “sacrifício enorme”

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Tiago Petinga / LUSA

O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais

Presidente da Câmara Municipal de Oeiras já não se “deslumbra” com pouco. Mas apresentou restaurantes caros para “a maioria” dos habitantes.

139 mil euros em 1.441 “almoços de trabalho” entre 2018 e 30 de Junho de 2023.

Menus incluem lagosta, ostras, saké afrodisíaco e Moët & Chandon. E facturas de almoços que decorreram à mesma hora em restaurantes diferentes.

A investigação às contas da Câmara Municipal de Oeiras, que envolvem 302 refeições do seu presidente, foram novamente comentadas por Isaltino Morais.

O presidente da Câmara falou sobre o assunto na última sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, na semana passada.

Focou-se num aspecto: o vinho Pêra Manca. “Cinco facturas têm vinho Pêra Manca. Vinho branco Pêra Manca. Mas o jornalista, sério e rigoroso, disse ‘Pêra Manca’. Portanto, é caso para perguntar: tinto ou branco?”.

“É que há uma diferença substancial: o tinto custa 500 euros a garrafa, o branco custa 55 euros. Este Pêra Manca branco é um vinho banal. Não é o vinho tinto de 500 euros”, justificou, cita o jornal Observador.

Isaltinho considera que a Câmara gasta pouco dinheiro com os seus pedidos para almoço – até porque está de dieta e, para o autarca, almoçar é “um sacrifício enorme”.

“Para mim é um sacrifício enorme. Eu só já vou a almoços e jantares por dever de oficio; e continuarei a ir. Já não me deslumbro com essas coisas. Nem imaginam o esforço que eu faço para emagrecer. Tento até, muitas vezes, nesses almoços beber um copo de água e petiscar uma salada“, descreveu.

Isaltino Morais também deixou a lista de todos os restaurantes que receberam os seus almoços de trabalho. Deixou recomendações de refeições nesses locais.

Foi essa lista que Mariana Leitão, deputada em Oeiras pela Iniciativa Liberal, comentou: “A maior parte dos oeirenses provavelmente nem sequer consegue aceder àqueles restaurantes. E apresentou-os como se fosse a normalidade comum da direcção de um município andar a ir almoçar a sitio A ou sitio B. As reuniões de trabalho fazem-se em salas de reuniões“.

ZAP //

14 Comments

  1. O tio Isa está a ficar senil e ridiculo, habituado desde cedo ao bem bom. Chamar banal ao Pera Manca, mesmo branco, merecia um protesto da parte dos donos da marca.

  2. Cada trabalhador tem de pagar o seu almoço com o seu ordenado e subsidio de alimentação, e o ordenado e subsídio não é tão grande como o do presidente da Câmara. Assim qualquer um come. Devia ter vergonha, não referiu nenhuma tasca.

  3. É uma vergonha…onde está a justiça deste país, nem mais um segundo deveria estar num cargo público, ele e outros com a mesma postura.

  4. Isto só prova a falta de rigor das entidades que deviam fiscalizar estes absurdos. Para a maioria dos portugueses isto uma ofensa muito grave. No final de contas é o dinheiro dos impostos dos portugueses que está a alimentar estes pançudos
    Tenha vergonha S.re Isaltino. A culpa também é dos munícipes, que já sabiam que estavam a votar num sem vergonha.

  5. Com certeza que é e será banal enquanto for pago pelos outros.
    Já agora, quanto ao peso, parece que a melhor performance do indivíduo foi enquanto esteve na cadeia, sendo, por isso, para lá que deve voltar!

  6. Banal? De borla s.f.f.!! Assim está correcto, Por ser de borla para ele e para as amigas da Câmara, de facto é banal e porquê? Porque eles apresentam a conta e quem paga são aqueles que nunca provaram o tal vinho banal!!!

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