O atual presidente da Câmara Municipal de Oeiras apresentou esta sexta-feira a sua recandidatura como independente. Para trás fica o apoio formal do PSD que não vai apresentar qualquer candidato aquele município do distrito de Lisboa.
O independente Isaltino Morais, de 71 anos, anunciou hoje a sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Oeiras, no distrito de Lisboa, nas eleições autárquicas deste ano.
O anúncio foi feito esta tarde em conferência de imprensa, nos Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras.
Isaltino Morais foi eleito presidente da Câmara de Oeiras com maioria (41,68%) nas eleições autárquicas de 2017, encabeçando a lista pelo Movimento Inovar, Oeiras de Volta.
O autarca foi eleito para o cargo pela primeira vez em 1985, pelo PSD, e renovou os mandatos nas eleições de 1989 até 2009, com uma interrupção de três anos. Durante parte deste período, foi ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente.
Foi eleito pelo PSD pela última vez em 2001 e, a partir de 2005, continuou à frente da autarquia como independente, abandonando o cargo em 2013 para cumprir pena de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Enquanto cumpria a pena, o seu ‘vice’, Paulo Vistas, tomou posse como presidente e foi depois eleito, em 2013, pelo movimento Isaltino, Oeiras Mais À Frente (IOMAF). No entanto, os dois autarcas afastaram-se e, em 2017, concorreram em separado.
O atual executivo municipal é composto por seis eleitos do movimento independente de Isaltino Morais (IN-OV Inovar Oeiras), dois do movimento independente IOMAF, um do PSD, um do PS e um da CDU.
Segundo a lei, as autárquicas decorrem entre setembro e outubro, não tendo ainda sido marcada uma data.
Em Oeiras foram já anunciados como candidatos o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto (PS), e o presidente de junta Rui Teixeira (Chega).
A direção do PSD recebeu das estruturas concelhia e distrital a proposta de não se apresentar a votos no concelho e “dar liberdade aos militantes de integrar outras listas”, referiu o partido no início deste mês.
// Lusa