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Mais um “produto” do irmão de Escobar: iPhones 11 banhados a ouro, a 540 euros

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(dr) Escobar Inc

A empresa de Robert Escobar, irmão do narcotraficante Pablo Escobar, diz que vai vender iPhones 11 Pro recondicionados por 499 dólares (450 euros). Apesar do preço bastante apetecível, tendo em conta que este é um dos últimos telemóveis lançados pela Apple, em causa pode estar uma esquema fraudulento.

Numa comunicação citada pelo portal Engadget, a Escobar Inc revela que está a vender uma série limitada de iPhones 11 Pro com 256GB de memória que estavam “danificados” mas que foram entretanto reparados para serem vendidos.

Além da reparação, estas smartphones da gigante Apple foram “banhados a ouro”.

Este banho, observa o mesmo portal de tecnologia, é similar ao dado ao Escobar Fold 2 (Samsung Galaxy Fold), um outro telemóvel inteligente que Robert Escobar comercializou com um revestimento semelhante a um adesivo de folha de alumínio.

Os telemóveis desta série limitada, que têm gravados nas costas o logótipo da empresa de Robert Escobar, serão acompanhados com acessórios originais da Apple – cabo, carregador e auscultadores – e chegarão aos clientes numa “caixa de madeira de luxo”.

“Esta é a minha forma de combater a Apple: vendo os seus telemóveis a um preço mais baixo e os meus são banhados a ouro com raparigas bonitas a exibi-los. A Apple nunca poderá fazer isto”, disse Roberto Escobar, citado em comunicado.

No canal de YouTube da Escobar Inc, existem vários vídeos a publicitar os telemóveis recondicionados por Robert Escobar com mulheres em lingerie.

Um iPhone 11 Pro novo com 256GB de memória custa cerca de 1.349 euros.

Fraude à vista?

Várias pessoas relataram ter tido problemas em receber os telemóveis comprados a Robert Escobar, segundo o portal Engadget. Não é claro quantas unidades destes smartphones é que foram vendidos e, alegadamente, ninguém os recebeu, escreve o portal Interesting Engineering, que dá conta que em causa pode estar um scam.

Há ainda relatos de vários YouTubers com apenas um mês de canal a dizer que receberam o aparelho vendido pelo irmão de Pablo Escobar, não tendo estes outros vídeos publicados no canal, situação que leva a PC Mag a desaconselhar a compra do produto.

“Noutros casos, a empresa enviou apenas um livro sobre os alegados próximos negócios de de smartphones de Robert, juntamente com um panfleto que promete que o consumidor será atualizado para uma remessa do Fold 2 em março”.

Um utilizador (imnotnicknolte) relatou no Reddit que comprou o Fold 1 de Escobar a 4 de dezembro, não tendo ainda recebido o produto. Devido à demora, enviou o comprovativo da compra à Escobar Inc, tentando cancelar a compra e obter um reembolso.

Podes vir à Colômbia, se quiseres. Aconselho-te a esperar um pouco mais”, respondeu a empresa de Robert Escobar ao comprador, citada pela PC Mag.

Um scam, recorde-se, é um esquema fraudulento criado com a intenção de enganar e extorquir financeiramente uma pessoa ou um grupo de pessoas. Por norma, surge sob a forma de uma mensagem eletrónica.

Recentemente, avança o jornal britânico The Independent, Robert Escobar entrou com um processo de 2,6 mil milhões contra a Apple, alegando que o seu iPhone X foi invadido através da aplicação de vídeo-chamadas FaceTime.

Robert Escobar diz ter recebido uma carta ameaçadora de alguém que se identificou como Diego, que terá obtido a sua morada e outras informações através do FaceTime.

ZAP //

3 Comments

  1. ATENÇÃO Não comprem estes telemóveis, por favor informem-se antes de dar o vosso dinheiro a esta empresa. O “Escobar 11 Pro Gold” é a mais recente versão de uma farsa que já passou por dois outros telemóveis sendo um deles o Samsung Galaxy Fold. O que a empresa faz é mandar os telemóveis a pessoas que lhes conseguem dar grande cobertura como youtubers de modo a que mais pessoas visitem o site, no entanto, no momento da compra não existe uma opção segura de pagamento e toda a gente que comprou qualquer um dos modelos anteriores recebeu apenas um livro da biografia de Pablo Escobar, nada mais. Este livro foi e continua a ser a maneira da empresa de se livrar de processos juridicos, visto que se alguém se queixar que não recebeu o produto, eles podem sempre dizer que enviaram “um” produto que foi, de facto, recebido pelo comprador, sendo este produto o livro.

  2. Muito bem João Pedro Buny Ferreira Alves. Abri esta notícia apenas para fazer um comentário semelhante ao teu. É preciso ser-se responsável e pesquisar as fontes antes de publicar qualquer notícia. ZAP, não sejam um veículo de informação a todo o custo. Estão a promover um “scam”.

    • Caro Marco Costa,
      Alteramos a peça para que fique claro que em causa está um “negócio” pouco claro, que pode mesmo configurar uma fraude.
      Obrigada pelo seu reparo e pelas suas visitas.

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