A Irlanda e a Alemanha retiraram do mercado os autotestes produzidos pela empresa Genrui Biotech, depois de estes terem registado vários casos de falsos positivos. A marca também é comercializada em Portugal.
A Autoridade Reguladora dos Produtos de Saúde (HPRA) da Irlanda e a Autoridade de Hamburgo para as Escolas e Ensino e Formação Profissional (BSB) pediram a retirada destes testes do mercado de ambos os países, com a primeira entidade a afirmar ter recebido mais de 550 queixas de que os kits apresentaram falsos positivos.
“Os testes rápidos da marca Genrui atualmente em uso relatam frequentemente uma infeção coronavírus que não é confirmada quando verificada com um teste PCR”, escreveu, por sua vez, a BSB.
“Este elevado número de falsos positivos perturba a comunidade escolar e leva a um grande número de reações das escolas e dos pais. Por isso mesmo, a autoridade de providenciou para que Hamburgo obtenha novos testes de coronavírus para as escolas até ao início de 2022”, acrescentou, citada pela Euronews.
Em comunicado, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) dá conta de que teve conhecimento de que na “Irlanda foram recebidos cerca de 550 relatórios de incidentes sobre resultados de falsos positivos” e que, “neste sentido, estes testes estão a ser recolhidos voluntariamente nesse país”.
Face a este cenário, o Infarmed informa que “em Portugal, até à presente data, recebeu sete notificações de casos de falsos positivos, num universo de cerca de sete milhões de autotestes, reportados pelo fabricante como tendo sido fornecidos ao mercado nacional”.
“O Infarmed encontra-se em contacto com as suas congéneres europeias, assim como com o fabricante do autoteste, para reunir toda a informação relevante, de forma a melhor poder avaliar a situação, nomeadamente notificações recebidas pelas restantes autoridades europeias, entre outras informações”, informa o instituto.
Segundo o Infarmed, o fabricante Genrui Biotech Inc. informou que “os lotes comercializados na Irlanda não foram comercializados em Portugal“.
Considerando que as orientações em Portugal referem que todos os resultados positivos obtidos com autotestes devem ser reportados, tendo de ser confirmados por PCR, os dados de que o Infarmed dispõe, não evidenciam neste momento um risco relevante para a saúde pública”, conclui.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
-
20 Outubro, 2024 Descobertas mais provas de que a COVID longa é uma lesão cerebral
-
6 Outubro, 2024 A COVID-19 pode proteger-nos… da gripe