Os dois suspeitos iraquianos detidos pela PJ na região de Lisboa por suspeita de pertencerem ao Daesh vão ficar em prisão preventiva por decisão do juiz de instrução criminal, disse, esta quinta-feira, à agência Lusa fonte policial.
Os dois homens, de 32 e 34 anos, foram detidos na quarta-feira por suspeitas de ligações ao Daesh e estavam a ser monitorizados e vigiados pela PJ desde em 2017, segundo adiantou uma outra fonte policial à Lusa.
Os dois homens foram detidos na Grande Lisboa e são suspeitos de terem integrado as milícias do grupo terrorista em Mossul, antiga capital do Estado Islâmico (EI) no Iraque.
Segundo fonte ligada à investigação, no âmbito da cooperação judiciária internacional, estes dois suspeitos terão estado em Mossul em 2016 e os elementos recolhidos indicam que pertenciam às fileiras das milícias do Daesh.
Segundo o Jornal de Notícias, Portugal acolheu os dois iraquianos como refugiados, alegadamente vítimas do EI durante a guerra na Síria e no Iraque. O diário avança que os dois beneficiaram do Estatuto de Refugiado concedido pelo Ministério da Administração Interna (MAI) e do Estatuto de Proteção Internacional enquanto aguardavam pelo Título de Residência para Refugiado, que também lhes foi atribuído.
Assim que chegaram, em 2017, passaram a ser monitorizados pela PJ, que os deteve porque iam sair do país, por motivos ainda desconhecidos, e havia risco de esta polícia lhes perder o rasto, acrescenta o JN.
No sentido oposto, o semanário Expresso adianta que o pedido de asilo nunca chegou a ser concluído, não lhes tendo sido atribuído o estatuto de refugiados, até porque “os timings e os prazos do processo de proteção humanitária foram sendo articulados de acordo com o interesse da investigação”.
Ainda de acordo com o jornal Público, os dois foram denunciados, em julho de 2017, por um outro cidadão iraquiano. Em outubro do mesmo ano, o Serviço de Informação e Segurança (SIS) recebeu informação sobre quatro indivíduos pertencentes ao Daesh que estavam a preparar um ataque na Alemanha, plano associado à dupla em solo nacional.
Já em novembro de 2018, um Relatório de Informação do SIS veio declarar um deles, chamado Ammar e que tentou mudar-se para a Alemanha, sem sucesso, como “um risco para a segurança interna”.
Os dois homens, que viviam na mesma habitação na região de Lisboa, ficaram inicialmente detidos no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária, antes de serem interrogados para aplicação das medidas de coação.
Em comunicado, a PJ informou que em causa estão indícios da prática dos crimes de adesão e apoio a organização terrorista internacional, terrorismo internacional e crimes contra a humanidade.
“As provas recolhidas indiciam que estes dois indivíduos assumiram distintas posições na estrutura do ISIS / Daesh, sendo os mesmos igualmente objeto de investigação por parte das competentes autoridades judiciárias iraquianas”, refere a nota da Polícia Judiciária, sublinhando não existirem por agora indícios de que os crimes que são imputados aos dois indivíduos tivessem sido cometidos em Portugal.
A operação foi conduzida pela Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT) da PJ, chefiada por Manuela Santos, e contou também com a colaboração do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e, a nível internacional, com o apoio de autoridades judiciárias iraquianas, através da UNITAD-ONU.
Nas detenções e buscas estiveram ainda a magistrada do Ministério Público titular do inquérito e elementos da investigação criminal e peritos da Unidade de Perícia Tecnológica Informática (UPTI) da PJ.
ZAP // Lusa
E que tal escrever que o nosso lindo estado deu-lhes casa e pensão. Vergonhoso.
Esta gente para além de serem perigosíssimos e indesejáveis ainda nos ficam caríssimos em alojamento e vigilância enquanto o cidadão nacional nada disto tem direito, CHEGA!