Não é só Passos Coelho a fazer lembrar a troika. Vamos a contas dos Governos de António Costa

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João Relvas / LUSA

O ministro das Finanças, Fernando Medina

O Estado português tem investido menos do que era suposto. As contas do Orçamento do Estado 2023 reforçam a tendência.

Pedro Passos Coelho apareceu na fase inicial da campanha eleitoral da AD e, para muitos, isso não traz boas memórias.

Para muitos portugueses, pensar em Passos Coelho é pensar em tempos de cortes, de apertos. É pensar na troika.

Mas há números que mostram que, mesmo depois da sua saída do cargo de primeiro-ministro (2015), há aspectos em que o Governo português até ficou abaixo desses tempos.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) analisou as contas públicas entre Janeiro e Dezembro de 2023. Foi um ano de excedente orçamental de quase 4,4 mil milhões de euros (após ajustamentos).

O excedente em contabilidade pública superou “expressivamente” o objectivo do Orçamento do Estado. As receitas fiscal e contributiva foram maiores do que se pensava.

Mas o investimento voltou a ser menor do que o que tinha ficado registado no Orçamento do Estado.

A UTAO destacou nesta terça-feira que em 2023 houve uma “despesa aquém do autorizado, nesta se destacando a subexecução do investimento face ao Orçamento do Estado aprovado”.

O investimento foi de 712 milhões de euros; é 74% do que estava previsto no Orçamento do Estado para o ano passado.

Helena Garrido olhou para os números e verificou que o caso mais evidente de falta de investimento foi na CP – Comboios de Portugal: apenas 18,5% do que tinha sido anunciado.

A especialista destacou o sector da educação: só foi investido 28% do que tinha sido anunciado. E abordou também a saúde – com um investimento que se ficou pelos 43% do que estava previsto no Orçamento.

“O investimento tem sido o grande sacrificado para se conseguir as ditas contas certas“, analisou Helena, na rádio Antena 1.

Olhando para os números, ano após ano, de todos os Governos liderados por António Costa, a comparação com a troika não é famosa.

Tendo em conta a percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), só em 2023 é que a média do investimento foi semelhante aos tempos da troika.

Em todos os outros sete anos anteriores, investiu-se menos do que durante os anos do Governo liderado por Passos Coelho.

E assim os serviços públicos “ficam degradados e não satisfazem as necessidades de cidadãos e empresas”, avisou Helena Garrido, que espera que o próximo Governo não aposte em menos investimento para ter “contas certas”.

ZAP //

14 Comments

  1. Sendo um exagero a comparação que arriscou Montenegro entre Passos e Sócrates, igual exagero se repete nesta comparação entre os governos de António Costa o e Passos Coelho, o primeiro sempre atento aos aos apelos sociais, o segundo um tirano, que negou ajudas, com a “justificação” de que tínhamos vivido acima das nossa possibilidades.
    E não se ensaiou de roubar os mais pobres, em direitos laborais e no pouco de que dispunham de salários e reformas para tentarem por pão na mesa.
    Diferenças de somenos importância.
    Afinal, só os piegas reclamavam; Passos foi sensível aos apelos (ironia), e até acrescentou dias ao trabalho e reduziu dias às férias, para podermos poupar.
    Um mimo!
    Ainda hoje tem a sensibilidade de um invetebrado.

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  2. Tal como o Centeno disse, na qualidade de Governador do Banco de Portugal, “crescimento do PIB sem investimento, nao nos interessa…”, o resultado deste crescimento esta a vista!!!!!, e entre tanto…, o Costa continua a gabar-se que Portugal teve um crescimento muito grande!!!!!! .

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  3. O que tem a ver o seu com o meu comentário?
    Nem bota ou perdigota, nem cu nem calças.
    Nada em comum.
    Falei de alhos, respondeu em bogalhos.
    A má língua gratuita sempre deslocada, tal como a notícia.

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  4. Lucinda, com o devido respeito, você é uma facciosista que a leva a não enxergar a verdade e uma mentira dita muitas vezes, torna-se para os mais distraídos uma “verdade”. Você sabe muito bem que quem acordou e assinou com a troika os cortes que Passos Coelho executou foi José Sócrates e o governo de AC aplicou a maior carga fiscal que levou muita gente a emigrar e essa carga fiscal deu cabo da classe média. TENHA VERGONHA.

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  5. Mas a “troika” sempre entrou em portugal pós governos liderados pelo PS…desde os ano 77, 83 e 2011…meter passos coelho em culpado de alguma coisa significa que cortou a torneira a alguns mal habituados…alias agora foi o mais desastroso de todos, mas ca esta cada um vê o que lhe convem…

  6. Carlos Mota,
    Com o devido respeito,
    – Quem foi além da troika, foram Passos e Portas.
    -Quem foi desumano e cruel, na forma como lidou com a situação e com os portugueses – à excepção dos amigos – foi Pedro Passos Coelho..
    -Quem mandou os jovens emigrar, foi Pedro Passos Coelho.
    -Quem chumbou o P.E.C.4 – única alternativa à entrada da troika e aprovado por Ângela Merkl – foi a direita.
    – Quem traiu Sócrates, colocando-se por conveniência própria, ao lado da direita, mentindo quando disse que não havia dinheiro para salários, foi o ministro das finanças de Sócrates.
    A eleição da coligação PAF, foi o rastilho para a desgraça, que vitimou vidas, por suicídio de gente boa, desesperada pela miséria e pelo desprezo de quem lhes fechou as portas.
    Sobre Sócrates, sugeria que se inteirasse, não só dos erros, mas também do que fez bem, que não é despiciente.
    Ainda hoje há muita boa gente que, graças às suas políticas, aprendeu a ler, escrever e usar computadores, sem ter que gastar um centimo.
    Um dia a história se encarregará de fazer justiça.
    Se esteve ausente e estou a dar-lhe novidades, não fale de cor.
    Eu estive cá. Acompanhei muito desespero.
    Fui ROUBADA, enganada por essa canalha que tudo prometeu até chegar ao pote, de onde serviu os compinchas.
    O povo, à míngua, era menosprezado, chamado de piegas e culpado por “ter vivido acima das suas possibilidades”, imagine-se!
    Um monstro! Cruel e insensível.
    Posso perdoar tudo a todos.
    A esse canalha, NÃO! Nunca!

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  7. Lucinda, não continuem a aldrabar os portugueses e os reformados,
    Foi o governo PS de JSócrates que nos ia `levando novamente à banca rota .
    Foi o PS dessa altura o culpado de tudo o que aconteceu de seguida e que chamou a troika ,começando ele próprio pelos cortes .
    Foi PPCoelho PSD, que mais uma vez teve que equilibrar as contas .
    Agora querem um novo governo com um homem encanto ministro só deu barraca atrás de barraca .
    A bem do Pais e dos Portugueses aceitem a vossa falta de qualidade para dirigirem o Pais.

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  8. RTP 29 setembro 2010
    José Sócrates anunciou hoje as medidas de austeridade adicionais incluídas no OE para 2011 que incluem a redução dos salários do sector público, o aumento do IVA e o congelamento das pensões.
    Medidas para 2011:
    – Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo institutos públicos, entidades reguladoras e empresas públicas.
    -Congelar as pensões.
    -Congelar as promoções e progressões na função pública.
    -Reduzir os encargos da ADSE.
    -Reduzir em 20 por cento as despesas com o Rendimento Social de Inserção.
    -Reduzir as transferências do Estado para o Ensino e subsectores da Administração.
    -Extinguir/fundir organismos da Administração Pública direta e indireta.
    Medidas que começam já este ano:
    -Eliminar o aumento extraordinário de 25 por cento do abono de família nos 1 e 2 escalões e eliminar os 4 e 5 escalões desta prestação.
    -Reduzir as despesas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, declarou Teixeira dos Santos, o responsável pela pasta das Finanças.
    – O Governo vai cortar em cinco por cento as despesas com salários do sector público e aumentará a taxa do IVA de 21 para 23 por cento. São duas das medidas do Orçamento para 2011 que o primeiro-ministro José Sócrates e o ministro das Finanças Teixeira dos Santos anunciaram esta noite.
    – Redução nos salários do sector público “é para ficar”. O ministro das Finanças viria depois explicar mais detalhadamente os contornos desta medida que entrará em vigor já no próximo orçamento. De acordo com Teixeira dos Santos, o escalão mais baixo, entre os 1.500 e os 2.000 mil euros sofrerá um corte de 3,5 por cento, chegando aos 10 por cento nos escalões mais altos.
    Segundo o ministro das Finanças, este corte, que ao todo deve equivaler a cinco por cento da massa salarial do sector, será mantido após 2011.
    “A proposta de redução dos salários operada em 2011 é para manter-se a partir de 2011, é para ficar”, afirmou Teixeira dos Santos.
    – Pensões congeladas em 2011
    – Cancelamento das promoções e das progressões nas carreiras da função pública, e o congelamento das pensões durante o ano de 2011.

    …Estava no ar o pedido de socorro financeiro
    …Começava a escrever-se algum do conteúdo do “memorando da Troika”
    …Sócrates estava perto de ir embora
    …Alguém teria que o substituir…e com o memorando nas mãos.

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  9. Sim, diz bem! Foi o PPC que disse na noite em que ganhou as eleições de 2011 que tinha chegado a altura de o PSD ir ao pote.
    Temos memória e não vale apenas alguns, certamente dos beneficiários com a governação da dupla maravilha, virem agora tentar branquear o passado, porque a história não mente.
    Por mim, estão cancelados há muito tempo.
    Costumo dizer: nunca sei em que vou votar, mas sei sempre em quem nunca votarei!

  10. Oh Lucinda, isso de escreveres a partir dum computador no Largo do Rato…
    Ao contrário do que possa parecer, não é esta notícia nem os comentadores aqui que dizem o evidente; é a UTAO e contra factos não há argumentos: os sucessivos governos do PS (Antônio Costa) foram os campeões do desinvestimento. Prometem muito e dão pouco…

  11. Ó Ti Manel,
    Durma mais um bocadinho, que essa cabeça ainda está muito mal resolvida, de tanto delírio, talvez de um estado febril, que o terá afetado de forma bem evidente.
    Descanse!

  12. BA,
    Os reformados e os portugueses dispensam a sua defesa.
    Melhor que você e muitos mais, eles sabem muito bem o que é verdade e o que é falácia.
    A maior parte deles já tinha a condição de reformado, quando a PAF desfechou o ataque cerrado à “peste grisalha”,
    Era esse o termo com que eram apelidados, produto da sensibilidade que assistia – e ainda assiste – aos então governantes.
    E pronto. Ficamos por aqui, porque não me agrada gastar cera com ruins defuntos.
    Quanto ao resto, mentirosa é a sua tia!

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