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Insectos também gostam do luxo e preferem as casas dos ricos

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King-of-Herrings / Flickr

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As casas de bairros luxuosos e de nível sócio-económico mais elevado têm tendência a apresentar maior diversidade de insectos. Foi o que concluiu um estudo feito nos EUA que constatou que espécies como moscas, mosquitos e aranhas preferem viver em casas bem cuidadas e com muito espaço.

A investigação centrou-se nos artrópodes, nomeadamente os insectos e as aranhas, e no chamado “efeito luxo”.

Estudos anteriores tinham já concluído que os ambientes sócio-economicamente privilegiados tendem a apresentar maior diversidade de plantas, aves, morcegos e lagartos nas zonas exteriores.

A pesquisa levada a cabo por uma equipa internacional de investigadores avaliou o “efeito luxo” no interior das casas, analisando os recantos de 50 habitações urbanas em Raleigh, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Assim, concluíram que “o entorno ecológico e sócio-económico das casas são os factores mais determinantes para a diversidade de insectos” no seu interior, refere a agência científica espanhola SINC que divulgou o estudo.

Os cientistas concluem que os insectos preferem viver em casas bem cuidadas e com muito espaço. O seu reduzido tamanho permite-lhes esconderem-se entre o luxo das grandes mansões, quase sem serem notados.

As casas dos bairros ricos apresentam “uma maior diversidade de vegetação que permite uma maior biodiversidade de artrópodes, tanto no exterior como no interior”, frisa a SINC, citando o artigo científico publicado na revista Biology Letters.

As grandes zonas de “vegetação exuberante” levam também essa maior presença de insectos às casas vizinhas, mesmo que estas não tenham áreas tão verdes, notaram também os investigadores.

Numa casa com rendimentos médios anuais de cerca de 33 mil dólares, quase 30 mil euros, há até 74 famílias de artrópodes, enquanto que nas casas com rendimentos superiores a 176 mil dólares, mais de 158 mil euros, encontraram mais de 105 famílias de insectos“, cita a SINC.

Mas estes números não são caso para alarme porque estas espécies não acarretam quaisquer problemas de saúde para os humanos.

De acordo com os investigadores, os insectos que moram nas casas de bairros ricos são menos nocivos para a saúde, pois não costumam ser pragas e não transmitem doenças contagiosas.

ZAP

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