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Indonésia quer banir o Fortnite por “destruir” o local mais sagrado do Islão

A Indonésia está a ponderar banir o Fortnite depois de um local sagrado do Islão ter sido profanado num cenário. Os jogadores dizem que o Governo está a exagerar.

Sandiaga Uno, ministra do Turismo e Economia Criativa, quer desencorajar as crianças de jogar Fortnite. Na ótica da governante, além de promover a violência, o videojogo é potencialmente blasfemo.

“Foi-me dito que os jogadores têm de destruir um ícone, semelhante ao Kaaba, para obterem novas armas e avançar para o nível seguinte”, disse Uno aos jornalistas. “Por conseguinte, instruiremos a nossa equipa para avaliar este jogo e emitir uma proibição.”

Localizado em Meca, na Arábia Saudita, o Kaaba é o local mais sagrado do Islão e o principal ponto da peregrinação anual Hajj.

A Vice explica que as alegações surgiram no mês passado, com a divulgação de aparentes imagens do jogo. A Universidade Al-Azhar do Egito analisou-as e avisou que o jogo “afeta as crenças e o respeito próprio dos jovens”, além de “subestimar a importância das suas santidades”.

No entanto, rapidamente se chegou à conclusão de que as imagens tinham surgido de um modo Criativo, no qual os utilizadores podem acrescentar os seus próprios elementos e desafios.

A divisão do Médio Oriente da Epic Games escreveu no Facebook que a Kaaba não foi profanada porque não podia ser destruída na ilha concebida por um utilizador, no modo Criativ.

Na mesma publicação, lê-se ainda que a empresa respeita “todas as religiões” e tenta proporcionar um ambiente de jogo “seguro” para todos os jogadores.

Na Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo, os jogadores reagem com alguma surpresa à ameaça do Governo e consideram que o Executivo está a “exagerar”.

Proibir o jogo é demasiado extremo, uma vez que o Fortnite tem muitos fãs na Indonésia”, disse Hisar Sinambela, um jogador de 25 anos que vive em Jacarta. “Há sempre a possibilidade de os objetos no jogo se assemelharem a um edifício, mas isso não significa que representem objetos específicos.”

Liliana Malainho, ZAP //

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