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Índia proíbe crianças de carregar mochilas escolares pesadas (e trabalhos de casa também)

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Na Índia, o peso das mochilas tem agora um limite consoante a idade dos alunos. Além disso, os professores das crianças mais pequenas não lhes poderão marcar trabalhos de casa.

A Índia está preocupada com o aumento do número de casos de crianças com problemas na coluna vertebral, e para remediar a situação, resolveu disciplinar o que considera abusos, impondo novas regras às escolas.

De acordo com os media locais, o Governo indiano determinou algumas restrições no que toca ao peso das mochilas escolares com base na idade das crianças, depois de alguns estudos terem mostrado que o peso pode afetar prejudicialmente a coluna vertebral que, nestas idades, está ainda em desenvolvimento.

Além disso, no caso das crianças mais novas, Nova Delí instruiu os professores a não marcarem trabalhos de casa, de modo a evitar que os manuais escolares tenham de ser transportados pelas mesmas.

A título de exemplo, no estado de Maharashtra, o peso das mochilas já não pode exceder 10% do peso corporal da criança, havendo escolas a optar pelo uso de quadros digitais e projetores para contornar a necessidades de carregar livros escolares para as aulas.

Na Índia, várias crianças que residem em grandes áreas rurais são obrigadas a caminhar longas distâncias todos os dias para irem para a escola, carregando as suas mochilas escolares. Muitas têm, inclusivamente, de atravessar rios com os livros na cabeça.

Portugal também está atento à questão. No ano passado, mais de 17 mil pessoas assinaram uma petição contra o peso excessivo das mochilas escolares. O objetivo era fazer com que esta questão chegasse ao Parlamento.

Esta petição surgiu mais de uma década depois de um estudo da DECO ter concluído que mais de metade dos alunos dos 5.º e 6.º anos transportam peso a mais nas suas mochilas.

“Passaram 13 anos desde este estudo. 13 anos em que nada mudou. 13 anos em que a realidade continua igual ou pior. 13 anos em que o peso excessivo continuou, com implicações na saúde das crianças”, lê-se na página da petição.

ZAP // RT

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