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Temperaturas sobem 20ºC. Incêndios da Grécia e Turquia podem chegar a Portugal

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Filipe Farinha / Lusa

As labaredas vistas na Grécia e na Turquia neste verão podem chegar nas próximas duas semanas a Portugal, que deverá registar um aumento de 20 graus nas temperaturas.

Uma onda de calor que dura há vários dias em algumas partes da Europa gerou vários incêndios em países como a Grécia e a Turquia, onde as temperaturas têm superado os 40 graus Celsius. Portugal pode ser atingido por esta onda de calor daqui a duas semanas, escreve o Jornal de Notícias.

Os países ao redor do Mediterrâneo, muito dependentes das receitas do turismo, das quais têm estado privados por causa da pandemia de covid-19, estão a enfrentar temperaturas escaldantes e incêndios florestais mais numerosos do que o normal.

A Grécia está a ser atingida pela “pior vaga de calor” desde há mais de 30 anos, alertou o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, no início desta semana.

Dezenas de aldeias e hotéis foram evacuados nas zonas turísticas do sul da Turquia devido a incêndios que começaram há cerca de uma semana, devastando também regiões de Itália e Espanha.

De acordo com as previsões meteorológicas, as elevadas temperaturas poderão chegar a Portugal já nas próximas duas semanas, prevendo-se um aumento de 20 graus Celsius.

Cerca de 40 concelhos do interior Norte e Centro e da região ao Algarve apresentam esta quinta-feira risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Em risco máximo estão concelhos dos distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro.

Mais de 50 outros municípios dos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Portalegre, Beja e Faro apresentam um risco muito elevado. Toda a região do Alentejo e cerca de 40 outros municípios dos distritos de Vila Real, Porto, Viseu, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa e Faro apresentam risco elevado de incêndio. O restante território apresenta um risco moderado e reduzido, consoante a região.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O período crítico de incêndios dura até final de setembro e, até lá, é proibido fazer queimadas extensivas ou queima de amontoados sem autorização, usar fogareiros ou grelhadores em todo o espaço rural, e fumar ou fazer qualquer tipo de lume nos espaços florestais. É proibido ainda lançar balões de mecha acesa ou foguetes ou fazer trabalhos na floresta que possam originar faíscas.

Para esta quinta-feira, o IPMA prevê uma pequena descida da temperatura mínima e uma pequena subida da temperatura máxima na região Centro.

O céu estará temporariamente muito nublado no litoral a norte do Cabo Raso, com possibilidade de chuva fraca no Minho e Douro Litoral e o vento vai soprar por vezes forte nas terras altas e na faixa costeira a sul do Cabo da Roca.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 13º (Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda) e os 20º (Faro) e as máximas entre os 19º (Viana do Castelo) e os 35º (Faro).

Treze distritos de Portugal continental estão esta quinta-feira sob um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), tal como os grupos central e Oriental do arquipélago dos Açores.

Os distritos de Vila Real e Aveiro apresentam um risco elevado, à semelhança do arquipélago da Madeira, de acordo com o IPMA. O grupo ocidental dos Açores (Flores e Corvo), bem como os distritos de Viana do Castelo, Braga e Coimbra vão estar sujeitos esta quinta-feira a um nível de radiação baixo. A escala, de cinco níveis, varia entre risco extremo e baixo.

Para as regiões com risco muito elevado, o IPMA aconselha a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protetor solar e que se evite a exposição das crianças ao sol. Para as regiões com risco elevado, aconselha o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt e protetor solar.

ZAP // Lusa

9 Comments

  1. Responsavelmente e aproveitando a inatividade das tropas, seria oportuno aproveitar essas forças para vigiarem o país neste período e desta forma dissuadirem os incendiários que estarão à espreita da melhor oportunidade para porem à prova os seus intentos, mas tudo continua de braços cruzados à espera de milagres! Depois só restará vir à televisão “lamentar” o sucedido como se ninguém seja responsável neste país!

      • Pois deves andar pelo país das maravilhas, sai de casa e repara noutro flagelo que é a limpeza dos terrenos, aqui no concelho onde habito é ver ervas de meio metro e mais de altura junto às casas da entrada da sede do concelho, a polícia e GNR nada vêm! Quanto ao que afirmas, talvez andem por aí meia dúzia deles, no faz de conta que está tudo sob controlo como habitualmente.

      • Pois; já dizia o outro: “quem não sabe é como quem não vê”!…
        Tu devias começar por tentar conhecer o país (e o mundo!) que te rodeia antes de comentar…
        Até agora o problema era a vigilância da “tropa”; agora já são os donos do terrenos que deixam “ervas com mais de meio-metro” à entrada do concelho… e a culpa de certeza que é do Costa – no tempo do Salazar não acontecia nada disso!!!
        Já se sabe que onde tu vives é o “inferno” e que está tudo mal, porque na tua cabeça o mundo tem que ser todo perfeito – como no tal “país das maravilhas”!!
        “Meia-dúzia” é melhor do que nada e, onde eu vivo não se “faz de conta” porque está mesmo tudo controlado e, não preciso que mo digam: eu ando no terreno e portanto posso confirmar!!
        Para quem não sabe sequer para que lado é o Norte (e só vê “noticias” do Facebook ou da CMTV) admito que a realidade possa ser um pouco “assustadora”!…

      • Se no tempo do Salazar o país estivesse ao abandono como hoje, isto atualmente já seria um Saara autêntico! Mas continuando, é mais que evidente que entre falta de limpeza por parte dos proprietários, a maioria descapitalizados e desprezo por parte do governo, o mal está bem à vista, quanto ao prometido ordenamento do território, nem sombras sequer, pelos vistos salva-se à tua porta, e se eu pudesse propunha-te a ministro do interior em substituição do faz de conta que lá está para ver se conseguíamos salvar isto!

      • Estava-se mesmo a ver que isto ia chegar ao: “no tempo do Salazar é que era”!
        No tempo do Salazar eram as pessoas que estavam ao abandono…
        Como nessa altura a maioria da população vivia na miséria e de uma agricultura de subsistência, é óbvio que os terrenos não estavam ao abandono…
        Os proprietários “descapitalizados”, recebem todos os anos milhões em subsídios e, na maioria dos casos, acabam em eucaliptais…

  2. Se entrevistarem os nossos competentes políticos de certeza que Portugal está preparado. no entanto nem uma avionetazita temos para apoiar e ajudar os países que se encontram em dificuldades.

  3. Interessante: subida de temperatura de 20 graus.
    Em Lisboa houve hoje (5 de Agosto de 2021) a máxima de 29 e a mínima de 17.
    Vamos para 49 graus de máxima e 37 de mínima. Se calhar ainda mais …

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