Imperador russo levou rato a julgamento. Não, não lhe roeu a rolha da garrafa de rum

Tretyakov Gallery / Wikimedia

Pedro III foi Imperador da Rússia.

O antigo Imperador da Rússia Pedro III levou um rato a julgamento e condenou-o à forca por ter destruído um dos seus brinquedos.

O rato roeu a rolha da garrafa de rum do rei da Rússia é um trava-línguas popularmente conhecido. Para bem do animal, esperemos que o monarca não fosse Pedro III.

Ele foi imperador da Rússia entre janeiro e julho de 1762, até ser deposto num golpe de Estado liderado pela sua própria esposa, Catarina, a Grande.

E porque é que este Imperador seria um mau presságio para o rato que roeu a rolha da garrafa de rum? Isto porque, certo dia, Catarina entrou no quarto de Pedro e viu um rato enforcado. Confrontado com o que se tinha passado, o Imperador russo respondeu que o rato tinha cometido “um grande crime”.

Antes de revelar qual “grande crime” foi este, é importante saber que Pedro III gostava de brincar com brinquedos e bonecas, embora já tivesse chegado ao trono com 34 anos. Há quem ouse dizer que o monarca amava mais os seus brinquedos do que a própria mulher. Não admira que tenha tido o futuro que teve.

Mas, voltando ao crime do rato, tudo aconteceu quando um dia o Imperador russo brincava com os seus soldadinhos. Pedro construiu-lhes uma fortaleza de papel, que não serviu grande propósito quando um rato a atacou. O roedor quebrou a fortaleza e arrancou a cabeça de um dos soldados.

Ao aperceber-se da presença do rato, o cão de Pedro III interveio e ainda conseguiu apanhar o rato. Revoltado, o monarca levou o rato a tribunal marcial, onde este foi condenado à execução.

Obviamente, a forca que normalmente seria usada para homens era demasiado grande para o rato. Como tal, o Imperador russo construiu uma pequena forca para a ocasião. Embora não tenha presenciado o crime, a sua esposa falou sobre ele nas suas memórias, segundo o The Vintage News.

Depois de ser deposto em julho de 1762, Pedro III morreu pouco mais de uma semana depois, possivelmente assassinado ou como o resultado de uma luta, embriagado, contra o seu guarda-costas.

Daniel Costa, ZAP //

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