O IHRU está a ser uma dor de cabeça inesperada para o Governo

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(fc) José Sena Goulão / Lusa

Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação

Novo presidente, Benjamim Pereira, é já a terceira opção do Governo para liderar o instituto ligado à habitação.

O ainda presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, anunciou nesta quarta-feira que vai ser o novo presidente do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), deixando assim a autarquia minhota.

E explicou porque aceitou o convite do primeiro-ministro: “Só aceitei este desafio porque acredito em si, no seu projeto e na sua visão para o país”, afirmou Benjamim Pereira durante uma visita de Luís Montenegro a Esposende.

O autarca anunciou a saída do município durante a cerimónia de inauguração do Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar (LISA) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, onde o primeiro-ministro marcou presença.

“Perante o convite, como é que um simples cidadão, presidente da câmara, poderia dizer que não a um convite desta natureza?”, observou, dizendo não resistir “a um bom desafio”.

O primeiro-ministro atirou: “É um desafio enorme coordenar com o Governo uma das principais políticas públicas, que pode dar qualidade de vida, bem-estar, futuro, sustentabilidade, competitividade e capacidade de reter capital humano em Portugal, que é o sector da habitação”.

Terceira escolha

O IHRU era presidido por António Gil Leitão, que era o chefe de gabinete de Marina Gonçalves (ex-ministra, no Governo anterior liderado por António Costa).

António Gil Leitão só tinha assumido o cargo há pouco mais de um ano, em Junho de 2023.

O Jornal de Negócios destaca que o seu sucessor, Benjamim Pereira, foi já a terceira escolha do Governo para presidir ao instituto ligado à habitação.

Gabriela Seara, adjunta de vereadora em Lisboa, seria a prioridade – e para assumir o cargo ainda antes de Junho, para evitar pagar uma indemnização a António Gil Leitão (antes de completar um ano no cargo). Mas a Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CReSAP) rejeitou essa escolha; o documento sobre essa decisão nunca foi publicado.

Depois surgiu outra possibilidade, Rosário Águas, administradora na Águas de Portugal. Este nome foi aprovado pela CReSAP mas a própria Rosário desistiu da ideia, por motivos pessoais.

E o presidente actual?

Segue-se Benjamim Pereira, cujo processo ainda não está confirmado oficialmente – tal como não está confirmada a saída do presidente actual, António Leitão, que ainda nem conhece oficialmente os motivos que originam a sua saída.

O processo arrastou-se ao longo de meses, aparentemente, por causa da tal indemnização que o presidente tem direito se for afastado mais de um ano depois de ter assinado contrato.

Para já, António Leitão continua a ser presidente do IRHU, a exercer normalmente as funções. Foi eleito até 2028.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. É preciso descongelar as rendas antigas de contratos anteriores a 1990 que foram congeladas pela ilegal, criminosa, e inconstitucional “lei das rendas”, elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, que através deste esquema está a violar a Constituição da República de Portugal (CRP), a promover a desigualdade e descriminação com inquilinos a pagarem rendas de valores exorbitantes que não correspondem à realidade e inquilinos a pagar rendas de valores muito baixos ou irrisórios que também não correspondem à realidade, tratando-se neste último caso de uma clara compra de votos através da “lei das rendas” que congela os valores dos arrendamentos nos contratos anteriores a 1990.

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