A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) vai fazer auditoria à capacidade de resposta dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em situações de emergência.
Em causa estão, segundo o jornal ECO, sete fiscalizações em entidades hospitalares do setor empresarial do Estado e do setor público administrativo.
Num comunicado citado pelo jornal, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) explica que a auditoria “fundamenta-se na necessidade de minimizar os choques que as situações de emergência causam na oferta de prestação dos cuidados de saúde, assegurados pelas entidades do SNS”.
Esta fiscalização surge após uma altura em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) esteve sob alta pressão, com um grande número de internamentos de doentes com covid-19, o que dificultou a capacidade de resposta.
Segundo a IGAS, vai ser avaliado o “nível de preparação e planeamento dos serviços de saúde para responder a situações de emergência não previstas, desconhecidas e de impacto elevado, mantendo a continuidade da prestação de cuidados de saúde”.
A IGAS vai também verificar a aplicação das ferramentas existentes no terreno e a existência de condições, designadamente manuais de procedimentos, planos de emergência e cumprimento da lei.
Até ao final de 2022, vão ser auditadas 20% das entidades do setor público empresarial e 40% do setor público administrativo da saúde.
No mês passado, recorde-se, Sindicato Independente dos Médicos (SIM) alertou que os atrasos causados pela pandemia de covid-19 no SNS podem provocar uma “catástrofe” na Saúde.
Segundo a estrutura sindical, esta retoma da atividade atrasada no SNS deve passar por “dois instrumentos principais à disposição” do Governo, caso da contratação de mais profissionais de saúde e da determinação de trabalho suplementar.
A falta de profissionais de saúde verifica-se na emergência pré-hospitalar, nos hospitais e nos estabelecimentos que prestam cuidados de saúde primários.
