Os russos que não apoiam a invasão são “traidores” e devem ser perseguidos. Responsável repete expressão “tempo de guerra” – mas no Kremlin não se fala em guerra.
A guerra na Ucrânia começou em Fevereiro do ano passado e, provavelmente, muitas pessoas absorveram rapidamente a ideia de que a população da Rússia apoia esta invasão.
Mas os inquéritos nacionais mais recentes – pelo menos enquanto ainda eram feitos – demonstram que mais de metade dos russos quer negociar a paz já.
E uma conversa que o ZAP teve há poucos dias, com uma russa que veio para Portugal em Novembro, confirma a perspectiva: há centenas de milhares, ou até milhões, de pessoas a deixar o país. Porque muitos russos não concordam com esta guerra.
Para Dmitry Medvedev, esses russos são “traidores”. A expressão captada pela rádio Observador está na base de uma ideia do antigo presidente e antigo primeiro-ministro da Rússia.
Medvedev acha que todos os russos que não apoiam a guerra na Ucrânia são “traidores” do Kremlin. E, por isso, quer perseguir essas pessoas.
O agora vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia explicou a sua proposta: agir segundo a justiça e não segundo a lei. Ou melhor, segundo as leis especiais em tempo de guerra.
“Precisamos de esclarecer. Claro, deve-se agir apenas segundo a lei. Mas se a lei não funcionar ou não atingir o seu objectivo, então agiremos de acordo com as regras especiais que vigoram em tempo de guerra”, continuou, no Telegram.
“Durante os tempos de guerra, sempre houve essas regras especiais. E grupos tranquilos de pessoas perfeitamente discretas que efectivamente os implementam“, defendeu.
Medvedev repete a expressão “tempo de guerra” mas na Rússia, oficialmente, continua a dizer-se que não há guerra na Ucrânia. Está a decorrer uma “operação militar especial”.
Mas, afinal, quem são os traidores? “Aqueles que se entregaram ao inimigo e desejam a morte da sua Pátria, inclusive aqueles que recentemente se incluíram na chamada elite intelectual”, explicou.
É uma “nova proposta maluca”, resume o portal TSN.
Medvedev previu dias antes que, em 2023, a Polónia e a Hungria vão ficar com as regiões ocidentais da “antiga Ucrânia”, vamos assistir à criação do “Quarto Reich”, à “divisão da Europa” e a uma guerra civil nos EUA.
Este mentecapto é pior que o Putin…cuidado com o animal.
Bem estes beligerantes criminosos , jà começaram a chamar a realidade na Ucrânia por o verdadeiro Nome “guerra” , seguem o passo do querido Líder . A partir de agora mais nenhum Cidadão Russo irá preso por pronunciar a palavra “Guerra” !
Fugir à norma é só para a Elite, o povo tem que continuar a dizer operação militar especial.