O número de pensionistas deverá crescer de 2,7 para 3,3 milhões até 2045, o que deveria levar ao aumento da idade de reforma para os 69 anos, de forma a evitar transferências do Orçamento do Estado e garantir a sustentabilidade do sistema.
Um aumento de três anos da idade legal da reforma significaria o adiamento do aparecimento de défices crónicos nas contas Segurança Social para lá de 2070. Esta é a conclusão do estudo “Sustentabilidade do sistema de pensões português” da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que é esta sexta-feira apresentado.
Face ao cenário demográfico e macroeconómico referido no estudo, e que prevê que “o número de pensionistas cresça consideravelmente”, entre 2020 e 2045, os seus autores defendem o aumento da idade de reforma. A partir de 2040, os pensionistas deverão representar mais de um terço da população portuguesa.
“Aumentar a idade de reforma parece ser a forma mais eficaz de minorar a necessidade de financiar o sistema com recurso a transferências do Orçamento do Estado”, concluiu a equipa de investigadores coordenada por Amílcar Moreira.
Com a população ativa a recuar 37% até 2070, e o número de pensionistas a subir 22% até 2045, “é de esperar que este regime comece a registar défices crónicos”, aponta o estudo da FFMS. Segundo o mesmo documento, o défice do sistema previdencial da Segurança Social deverá chegar em 2027, e o FEFSS deverá esgotar-se em 2038.
Para adiar esta crise, uma das medidas que os autores do estudo sugerem é aumentar da idade da reforma para os 69 anos, conseguindo assim dar uma “almofada financeira” ao sistema. “De entre os cenários de reforma considerados, o aumento da idade da reforma é aquele que parece oferecer um maior potencial para melhorar a sustentabilidade financeira”, indica ao estudo.
Tal como observa o Diário de Notícias, a possível rutura do sistema de pensões acontecerá, segundo esta investigação, mais cedo do que o Governo tinha traçado. O estudo aponta para 2038, enquanto as previsões do Governo sugeriam o ano de 2045.
Quebra pronunciada no valor das pensões
Outra das conclusões deste estudo, avançadas esta quinta-feira pelo jornal Público e pelo Jornal de Negócios, aponta que as novas pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) vão sofrer uma quebra pronunciada nos próximos anos.
Na CGA, espera-se que em vinte anos o valor médio de todas as pensões caia 36%, para 829 euros em 2040. Segundo o líder da investigação Amílcar Moreira, esta redução explica-se com as alterações à fórmula de cálculo – mais desfavoráveis para os novos pensionistas -, mas sobretudo porque vão sair deste sistema fechado pessoas mais velhas com pensões bem mais generosas.
O mesmo estudo prevê que em 2020 as novas pensões da CGA correspondam em média a 88% do último salário – é a chamada “taxa de substituição” bruta – e que em 2040 essa percentagem baixe para 69%. Contas feitas, as futuras pensões poderão baixar em 2040 para dois terços do último salário recebido.
Já na Segurança Social, espera-se que o aumento dos salários conduza a um crescimento do valor médio de todas das pensões, de 482 euros em 2020 para 547 euros em 2060 (e 924 euros em 2070).
ZAP // Lusa
No entanto agora ainda há gente com menos de 60 a se reformar. Vergonha!
Andaram a dar reformas a pessoas c/ 10 anos de descontos, menos de 60 anos, a administradores de bancos a ganhar reformas de ouro bem como politicos, enfim um sem fim de barbaridades que o trabalhador andou sempre a trabalhar p/ chegar ao fim de vida, sim porque aos 69 anos quantos anos de vida terão mais as pessoas? Muito poucos ou nenhum. O fascista do Salazar que criou as reformas p/ os mais necessitados agora vemos que quem as leva são os corruptos/ladrões de quem está á frente do país, das instituições, empresas etc. Quem se LIXA SEMPRE é o POVO. Eles ROUBAM TUDO e NÃO DEIXAM NADA-hoje em dia é se aplica esta frase.
O Sistema está feito apenas para esses que menciona (banqueiros, políticos…) beneficiarem.
Mais uma vez, o povo serve o topo da pirâmide. [R]onald Bernar[d] (sem os colchetes) entrevista no youtube. Abram os olhos!
Isto para os Empregados (privados) os que trabalham e enviam o dinheiro para o publico comer.
A cx aposentações pagará sempre o que a comandita dita para os Func Publicos. Esses terão sempre os bolsos cheios.
Outra solução poderia ser:
1: colocar tetos máximos nas reformas milionárias (quem pretende ter mais dinheiro na reforma poderia recorrer a PPR, dessa forma ajudava a crise bancária);
2: limitação para 1 reforma por individuo(no caso de valores baixos poderia ser a média dos ordenados);
3: igualdade de idade no pedido de reforma para todos (com exceção de trabalhos de desgaste rápido).
Concordo com essas soluções, Carlos. Mas isso apenas seria possível num mundo justo e imparcial, sem interesses de ganância.
O povo está designado a servir os interesses de quem está no topo da pirâmide.
E se for a ver bem, todas estas crises mundiais têm apenas e somente uma origem: o Sistema Financeiro. Eles é que mandam e dispõem de TUDO o que é dinheiro no mundo.
Quem quiser abrir os olhos, veja entrevista a [R]onald Bernar[d]. Mas muito cuidado, porque o vosso mundo nunca mais será o mesmo, até para aqueles que se dizem “despertos”.
Conhecia o conceito piramidal mas não a entrevista. Estou a tentar encontrar o livro mas ainda sem sucesso. Obg pela partilha.
Será que chega para o Cavaco?
Esse nem dinheiro tem para comer 😀
Esse já a tem, o pior é se não dá para o Costa e toda a familória da sua monarquia! Entretanto a ministra da justiça parece já ter exigido a garantia de determinado valor para a sua reforma.
Isto tudo seria resolvido se houvesse mais crianças. Esse é de facto um dos maiores problemas atualmente em Portugal que implicará necessariamente a aceitação de imigrantes sob pena de o país implodir. Economicamente será muito complicado uma forte redução acompanhada de um envelhecimento da população. Não apenas sobre as reformas mas igualmente no SNS e por aí fora. São necessárias mais crianças!
E um sistema como o suíço onde oiço dizer ser igual para todos?
Parte da solução poderia ser em vez de a idade da reforma ser cada vez mais tarde, colocarem as pessoas desempregadas a trabalhar, nisto também se incluem as que terminaram os estudos, não me digam que com tanta gente jovem sem trabalho que não seria possível de compensar, enfim… mais vale fazer um pé de meia, por este andar não vai haver reforma no meu futuro