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Hyperloop: o comboio mais rápido que avião passou o primeiro teste

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Uma startup norte-americana construiu, no deserto do Nevada, a norte de Las Vegas, a primeira pista de testes em larga escala para o Hyperloop, o sistema de transportes revolucionário inventado por Elon Musk.

A startup Hyperloop One acelerou um veículo de testes numa via férrea em velocidades de quase 500 km/h, utilizando a tecnologia de propulsão do Hyperloop. O resultado foi algo parecido com uma montanha-russa muito rápida.

O Hyperloop é um meio de transporte revolucionário cujo conceito teórico foi inventado em 2012 pelo visionário dono da Tesla e SpaceX, Elon Musk.

Em 2013, Elon Musk apresentou o design alpha do seu Hyperloop como um sistema terrestre de cápsulasde alumínio disparadas a alta velocidade em tubos de aço elevados sobre pilares, super rápido e seguro, que nos pode levar do Porto a Faro em 30 minutos.

“Este sistema novo de transportes que tenho em mente, nunca terá acidentes, é imune ao tempo e anda 3 a 4 vezes mais rápido que um comboio de alta velocidade. Pode partir exactamente à hora a que chegamos para o apanhar, e levar-nos de Los Angeles a São Francisco (552km) em 30 minutos. Custaria muito menos que um bilhete de avião ou viagem de carro, porque poderia ser movido a energia solar e ser auto-suficiente. É um quinto meio de transporte, depois do carro, barco, comboio e avião. Isto é possível, absolutamente”.

Na altura, Elon Musk cedeu os direitos da sua invenção e desafiou a humanidade a pegar na ideia para revolucionar o conceito de transporte interurbano terrestre.

Um grupo de visionários aceitou o desafio de Musk, e criou a Hyperloop One.

Usando um motor linear eléctrico para acelerar um veículo em hyperloop, os engenheiros da Hyperloop One realizaram agora um “teste de propulsão ao ar livre”, ou POAT, o primeiro teste em larga escala do que pode vir a ser o Hyperloop.

O veículo de teste, chamado de “trenó”, acelera dos 0 aos 160 km/h em cerca de um segundo – uma aceleração de uma força de cerca de 2.5Gs.

Hipoteticamente, o mesmo motor pode permitir a um veículo que seja melhor projectado do ponto de vista aerodinâmico alcance velocidades de mais de 1.100 km/h num tubo a baixa pressão.

O vice-presidente de engenharia da Hyperloop One, Josh Geigel, explica o uso de um sistema de propulsão eletromagnético. ”Ao contrário dos motores típicos, este não tem partes móveis”, diz Geigel, citado pelo Gizmondo.

Hyperloop One

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Giegel descreve os motores como “lâminas” com cerca de 60 cm de altura por 15 cm de largura, que, quando alimentadas, criam energia electromagnética que reage com o veículo e o “empurra”.

Isso faz com que o Hyperloop seja semelhante a um motor de indução linear como os que se encontram nas montanhas-russas mais modernas, com carros a velocidades muito altas.

Mas ao contrário dos motores utilizados nas montanhas-russas ou nos comboios de alta velocidade, o ambiente de quase vácuo criado no tubo do Hyperloop diminui dramaticamente a fricção e reduz o número de motores necessários.

Ou seja, o trenó do Hyperloop só precisa de ter motores instalados na pista… de 80 em 80 km.

O Huperloop está a chegar. E está a chegar muito depressa.

ZAP / HypeScience

2 Comments

  1. Mais um titulo dos “bons”!…
    1º – Depende do avião…
    2º – O TGV, em Maio 1990 bateu o record de 515,3 km/h e em Abril 2007 atingiu 574,8 km/h

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