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“Modo de medicina para desastres.” Hospitais do Reino Unido sob pressão crescente

Giuseppe Lami / EPA

A esperança de que o novo ano traria o alívio da pandemia no Reino Unido está a desfazer-se. O Governo britânico está perante uma reviravolta face ao aumento do número de infeções graves de covid-19.

Os hospitais do Reino Unido estão novamente a lutar contra o número crescente de doentes nos cuidados intensivos. O número diário de infeções por covid-19 também não parece estar a diminuir, pelo que a esperança de um começo de ano com algum regresso à normalidade está a esmorecer, avança o The Guardian.

Com o agravamento da crise sanitária no país, o hospital Nightingale, no centro de Londres, deverá começar a receber pacientes covid-19 na próxima semana, pela primeira vez desde a primavera.

Os hospitais no leste da capital estão sob uma pressão sem precedentes. As unidades de Essex e Buckinghamshire já declararam uma espécie de estado de emergência que lhes permite pedir apoios ao governo local. Da mesma forma, outros grandes hospitais do país estão a preparar-se para o pior.

O diário britânico escreve que, pelo quarto dia consecutivo, os casos diários chegaram a 50 mil, e há quase 24 mil pessoas hospitalizadas. Esta sexta-feira, morreram 613 pessoas infetadas com covid-19, sendo que uma delas era uma criança de oito anos com problemas de saúde subjacentes.

Os cientistas britânicos confirmaram que a circulação da nova variante do coronavírus aumentou os casos em cerca de três vezes em novembro.

Ao contrário do que se previa inicialmente, algumas regiões de Londres vão manter as escolas primárias encerradas. Esta reviravolta pode levar os pais de outras áreas a exigir o encerramento das escolas.

Os grandes hospitais da capital, como o Royal London, Barts e UCLH, estão a converter as suas enfermarias em unidades de cuidados intensivos para receber mais pacientes infetados com covid-19.

O The Guardian teve acesso a um e-mail, enviado para a equipa do hospital Royal London, que referia que a instituição está em “modo de medicina para desastres“.

Embora Londres esteja a sofrer com o grande aumento de casos relacionados com a nova variante do vírus, a verdade é que o resto do país não fica muito atrás, de acordo com a Confederação do NHS, que representa as organizações do NHS.

Liliana Malainho, ZAP //

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