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Hospitais CUF recusam fazer eutanásias

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Manuel de Almeida / Lusa

Os hospitais e clínicas CUF vão recusar fazer eutanásias, caso a despenalização desta prática venha a ser aprovada pela Assembleia da República. O assunto vai ser discutido no Parlamento no próximo dia 20.

A posição é revelada pela José de Mello Saúde (JMS), detentora da rede, que justifica a decisão num comunicado enviado aos mais de oito mil colaboradores com o “respeito absoluto pela vida humana e pela dignidade da pessoa”.

Na nota, a que o semanário Expresso teve acesso, o grupo privado compromete-se com o Código de Ética que aplica a todas as unidades da CUF e que institui “uma cultura própria”, em que cada pessoa é “um sujeito de direitos e não um objeto das intervenções médicas”.

A vida humana é “o primeiro e o mais elevado de todos os valores” para a JMS, que defende que este e deve ficar acima “dos interesses da Ciência e da Sociedade”.

O Conselho Médico e o Conselho de Enfermagem da CUF subscrevem  também a recusa em intervir em qualquer processo de eutanásia.

O eutanásia volta agora à Assembleia da República depois de a lei que despenalizava a morte assistida ter sido recusada por cinco votos em maio de 2018.

Existem em cima da mesa cinco projetos de lei para a despenalização da eutanásia – Bloco de Esquerda, PS, PEV, PAN e Iniciativa Liberal – que serão debatidos em plenário no próximo dia 20 de fevereiro. A esquerda tem recusado a realização de um referendo, querendo que a medida vá diretamente a votos no próximo plenário.

ZAP //

 

 

9 Comments

    • É a sociedade dos descartáveis… Não tá bom, joga fora, mata, whatever.
      Não se esqueçam que os médicos também têm direito a escolher se querem matar alguém que quer morrer voluntariamente.

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