Nas últimas duas semanas, Hong Kong não registou casos de transmissão local. A segunda vaga chegou, mas foi bem controlada.
Hong Kong começou a baixar a guarda no final de fevereiro, mas foi surpreendida com uma segunda vaga de covid-19. Apesar de ter passado um breve período com um número reduzido de novos casos de infeção, a cidade não tinha recuperado do primeiro susto.
Depressa regressaram as medidas de contingência, os cuidados inerentes ao novo coronavírus e o distanciamento social a que a primeira vaga nos habituou. Certo é que a segunda vaga do vírus parece ter sido bem controlada, uma vez que Hong Kong não regista casos de transmissão local nas últimas duas semanas.
No final de fevereiro, e depois do levantamento de uma série de restrições, Hong Kong entrou numa segunda fase da pandemia, que parece não ser tão assustadora quanto a primeira. De acordo com a RTP, desde 20 de abril, Hong Kong registou 15 novos casos, todos em pessoas que tinham viajado recentemente.
Apesar de partilhar fronteira com a China continental, o número de casos no território manteve-se sempre relativamente baixo: no início de março, Hong Kong registava apenas 150 casos positivos de infeção, tendo aumentado para 700 no final do mês.
Nessa altura, o Executivo liderado por Carrie Lam decidiu proibir os não residentes de entrar no território e implementar medidas restritivas de quarentena e de testagem a todos os que chegavam. Foram também distribuídas pulseiras eletrónicas para aqueles que eram obrigados a ficar em quarentena, de forma a controlar os seus movimentos.
Ginásios e a grande maioria de bares e restaurantes foram fechados, e mesmo aqueles que permaneceram de portas abertas foram obrigados a reduzir o número de lugares e a aumentar a distância entre clientes.
Na altura, estas medidas foram encaradas como drásticas, mas o Governo nunca ordenou um confinamento obrigatório, confiando nos esforços da poopulação para conter o vírus. E parece ter resultado: os casos diários foram-se reduzindo e no dia 19 de abril registou-se o último caso de infeção local.
Esta terça-feira, antes de anunciar o fim de algumas restrições, Carrie Lam declarou: “Acredito que o tempo para algum relaxamento e para o levantamento de algumas restrições que pusemos ao contacto social chegou”.
Apesar das novas diretrizes, a governante pediu aos cidadãos que não baixem a guarda demasiado cedo. Esta segunda-feira foram reabertos os espaços recreativos e desportivos e retomados os serviços para apoiar a comunidade mais vulnerável, deficientes ou idosos.
Os estabelecimentos de ensino permanecem fechados em todo o território, mas a partir do dia 27 de maio irão reabrir gradualmente – com os alunos a regressar às salas de aula de forma faseada.
A partir desta sexta-feira, o número de pessoas que se poderão reunir em público passará a ser de oito, em vez das quatro permitidas até agora, e alguns ginásios, cabeleireiros e bares vão também ser autorizados a reabrir – sempre com restrições ao número de clientes.
Coronavírus / Covid-19
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