A chave para a diferença de alturas médias está no SHOX — e nos cromossomas, uns com mais atividade deste gene do que outros. final, não são só as hormonas que mudam tudo.
No passado mês de abril, uma equipa de cientistas dos Estados Unidos publicou uma descoberta que ajuda a explicar por que é que, em média, os homens são mais altos que as mulheres.
A pesquisa analisou dados genéticos de mais de 900 mil pessoas em biobancos do Reino Unido e dos EUA, com foco em adultos com variações raras nos cromossomas sexuais. A grande revelação foi o papel do gene SHOX, conhecido por influenciar o crescimento.
Esse gene SHOX está presente tanto no cromossoma X quanto no Y, mas não age da mesma forma em homens e mulheres. Nas mulheres, um dos dois cromossomas X costuma ficar parcialmente “desligado”, o que reduz a ação do gene. Já nos homens, o gene SHOX no cromossoma Y é mais ativo, o que contribui com cerca de 3,1 centímetros a mais na altura média.
Para chegar a essa conclusão, os investigadores analisaram 1.225 pessoas com alterações genéticas chamadas aneuploidias, ou seja, com número diferente de cromossomas sexuais. isto incluiu indivíduos com um cromossoma X a mais ou a menos, ou até mesmo com dois cromossomas Y.
Ao comparar essas variações com a altura de cada pessoa, os cientistas conseguiram calcular o impacto exato de cada cromossoma. O cromossoma Y mostrou ter mais influência no crescimento do que o X inativo, o que confirmou que a genética, e não apenas as hormonas, tem papel importante nessa diferença entre os sexos.
Essa diferença genética ajuda a explicar mais de 20% da disparidade média de altura entre os sexos, que gira em torno de 13 cm. E isso sem levar em conta outros fatores como hormonas ou nutrição, que também têm sua influência.
O estudo foi publicado na revista científica PNAS, e deve orientar outros estudos no futuro.
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