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O homem que ia reformar o sistema de pensões de Macron demitiu-se

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SmartGov / Wikimedia

Jean-Paul Delevoye

Jean-Paul Delevoye, o especialista que Macron escolheu para pensar a reforma do sistema de pensões saiu do Governo. O governante não declarou que continuava a desempenhar funções remuneradas.

Jean-Paul Delevoye deixou os cargos que desempenha de fora da declaração de interesses. Esta segunda-feira, o especialista que Emmanuel Macron escolheu para pensar a reforma do sistema de pensões em França apresentou a sua demissão. Os cargos são incompatíveis com a posição que ocupada no Governo, uma vez que vai contra a Constituição francesa.

Segundo explica o Público, o cargo que Delevoye ocupava era equivalente ao de um ministro, o que o obrigava a redigir uma declaração de interesses à Alta Autoridade para a Transparência da Vida Pública. No entanto, o alto-comissário apresentou uma declaração incompleta.

Delevoye preparava as alterações ao sistema de pensões desde 2017, tendo enviado ao Governo em julho o relatório no qual se baseia a proposta apresentada pelo primeiro-ministro, Édouard Philippe, na semana passada. Dado o momento que França está a atravessar, com as atenções os franceses centradas neste tem, os meios de comunicação começaram a investigar a declaração o alto-comissário.

Este domingo, Delevoye reconheceu que continua a ocupar cargos remunerados mesmo depois de ter entrado no Governo, incluindo a presidência de um think tank – algo que é interdito pelo artigo 23 da Constituição francesa.

A recente saída de Delevoye é um golpe para o Governo francês, dado que será difícil substituí-lo numa altura em que a contestação aos planos para acabar com os subsistemas de pensões, para criar um único, continua firme.

Para esta terça-feira, está marcada mais uma greve geral, com greves convocadas por todos os sindicatos para protestar contra a proposta de reforma do sistema de pensões apresentada pelo Governo.

O ECO avança que professores, advogados, magistrados, médicos, profissionais da saúde e outros funcionários públicos estão convocados para uma greve geral que os sindicatos querem que seja “decisiva“.

ZAP //

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