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Hans Asperger colaborou ativamente com os nazis na 2ª Guerra Mundial

Arquivo/EBC

Documentos recentemente descobertos sugerem que Hans Asperger, o pediatra cujo nome descreve uma forma de autismo, esteve ativamente envolvido no programa de eutanásia do regime nazi na Áustria.

As provas foram retiradas de documentos e registos de pacientes da era nazi que nunca antes tinham sido examinados. Nesses registos, é sugerido que Hans Asperger, o pediatra responsável pela identificação da síndrome de Asperger, uma forma de autismo, enviou algumas das crianças que tratava para uma clínica de eutanásia.

O médico alegava estar a “escudar” os seus pacientes das forças nazis. Os registos e documentos das crianças mostram que estas foram enviadas por Hans Asperger para a clínica Am Spiegelgrund, em Viena de Áustria, onde foram mortas.

Um total de 789 crianças terão sido mortas na clínica em questão. De acordo com a BBC, o médico não era membro do partido nazi.

As provas, que foram descobertas pelo historiados médico austríaco Herwig Czech, foram relatadas na revista científica Molecular Autism.

O autor do estudo escreveu que o “professor Asperger consegui acomodar-se ao regime nazi e foi recompensado pelas suas afirmações de lealdade com oportunidades de carreira”.

Um editorial da revista, escrito por académicos de Cambridge, refere que Asperger “se tornou voluntariamente uma engrenagem na máquina de matar nazi” e “parte dos olhos e ouvidos do Terceiro Reich”.

Em 1980, num discurso de inauguração na Universidade de Viena, pouco antes da sua morte aos 74 anos, Hans Asperger disse que foi perseguido pela Gestapo, a polícia secreta nazi, por se recusar a entregar as suas crianças.

O médico identificou a síndrome de Asperger pela primeira vez em 1944, no entanto, o termo “psicopatia autista” foi usado até 1981, ano em que o psiquiatra Lorna Wing introduziu o diagnóstico da síndrome de Asperger.

ZAP //

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