O Hamas convocou um “Dia de Raiva” internacional para esta sexta-feira, apelando a todos os seus apoiantes para agredirem israelitas e judeus por todo o mundo. Em vários países houve manifestações que terminaram em confronto. França está em estado de alerta.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Conselho de Segurança Nacional de Israel apelaram a todos os cidadãos israelitas no estrangeiro para terem especial cuidado nesta sexta-feira que passou, depois de o Hamas ter apelado a um “Dia de Raiva” em todo o mundo.
“A liderança do Hamas fez um apelo a todos os apoiantes no mundo para realizarem um “Dia da Raiva”, pedindo a todos os seus apoiantes “para que saiam à rua e agridam israelitas e judeus“, informam as autoridades israelitas num comunicado citado pelo The Jerusalem Post.
“É provável que haja eventos de protesto em vários países” que “podem evoluir para eventos violentos“, apontam ainda as autoridades de Israel no mesmo comunicado, apelando aos cidadãos israelitas para se manterem “vigilantes” e para se afastarem de “manifestações”.
Nos últimas dias, sucederam-se protestos em várias cidades mundiais, tanto de apoio a israelitas como de apoio aos palestinianos, e inclusive ao Hamas. Algumas destas manifestações acabaram em confrontos, nomeadamente em Paris, Londres, Madrid, Roma e Estocolmo.
Jovem islâmico mata professor em ataque em França
Em França, esta sexta-feira ficou marcada por mais um ataque terrorista. Desta vez, a vítima foi um professor de 57 anos, Dominique Bernard, que foi assassinado à facada, junto à escola onde trabalhava em Arras (Pas-de-Calais), por um jovem islâmico de 20 anos que estava a ser seguido pelos serviços de Informação.
O agressor terá chegado a receber uma ordem de expulsão de França, juntamente com a sua família, mas que não terá sido cumprida por intervenção de organizações humanitárias, de acordo com alguns media franceses.
Mais três pessoas ficaram feridas neste ataque que é, inevitavelmente, associado ao conflito entre Israel e Hamas e ao ambiente actual de grande tensão.
“Há, sem dúvida, uma ligação entre o que aconteceu no Médio Oriente e o acto” do agressor, defende o ministro do Interior de França, Gérald Darmanin, em declarações à TF1.
A primeira-ministra de França, Elisabeth Borne, colocou o país em estado de alerta para um “ataque de emergência”. Isto implica a tomada de medidas excepcionais de segurança, nomeadamente com o reforço da vigilância policial nos centros comerciais, para “proteger todos os franceses na sua vida de todos os dias”, como destaca Darmanin.
“Não existe uma ameaça clara”, mas há “um ambiente extremamente negativo, sobretudo devido ao apelo à acção” do Hamas, justifica o ministro do Interior francês.
“Risco está em todo o lado”
O ataque em França é um sinal de alarme para um contexto internacional muito tenso em que “o risco está em todo o lado”, como nota a especialista em assuntos islâmicos Maria João Tomás em declarações à SIC Notícias.
Maria João Tomás faz referência ao apelo à violência do Hamas, notando que é especialmente dirigido a organizações como a Irmandade Muçulmana, que tem ligações à Al-Qaeda e a várias mesquitas da Europa.
“Esta guerra é com o Hamas, não é com os palestinos“, reforça ainda a especialista, notando que as pessoas que vivem na Faixa de Gaza são também “reféns” desta organização terrorista “que controla a sua terra”. Portanto, os palestinianos de Gaza “vão ser escudos humanos” do Hamas e “peões” desta guerra.
Protestos pró-Palestina proibidos
Vários países europeus estão a tomar medidas drásticas para evitar situações de confronto. É o caso de França, onde as manifestações pró-palestinianos foram proibidas sob o argumento de que podem “perturbar a ordem pública”.
A medida já obrigou a polícia francesa a dispersar manifestantes, em Paris, com gás lacrimogéneo e canhões de água.
Apoiadores do Hamas começam a espalhar o terror na Europa. A Sinagoga do Porto foi vandalizada e grupos de muçulmanos causaram tumultos em Londres e Paris. Autoridades temem o pior. No vídeo, imagens da noite de hoje em Paris.
🇵🇹 🇮🇱#AmIsraelChai#IsraelHamasWar #IsraelAtWar pic.twitter.com/K4Xkhu90v1— Roberto Kedoshim (@robertokedoshim) October 13, 2023
A Alemanha também já anunciou que vai proibir todas as actividades e organizações que apoiem o Hamas e a sua agenda.
As autoridades do país baniram dois protestos pró-palestianianos marcados para o passado dia 11 de Outubro, com receios de que pudessem ser usados símbolos e linguagem anti-semita. Apesar disso, muitos manifestantes saíram à rua e acabaram detidos.
A Holanda resolveu fechar as escolas judaicas por razões de segurança. Também em Londres se tomou a mesma medida, reforçando a vigilância policial, nomeadamente junto de escolas, mesquitas e sinagogas.
Em Portugal, a Sinagoga do Porto foi vandalizada, com o muro e o portão do edifício a serem pintados com as inscrições “Libertem a Palestina” e “Acabem com o apartheid de Israel”.
Reparem: não foram vandalizar a sinagoga do Porto na sexta-feira, antes dos atentados, para protestar contra a ocupação ilegal. Não. Fizeram-no esta madrugada, 4 dias depois da morte de 1200 israelitas.
Isto não é para apoiar a Palestina. É para celebrar o massacre. pic.twitter.com/NtXZZISXnI— Luís Ribeiro (@theluisribeiro) October 11, 2023
Os quatro minutos de vandalismo na sinagoga vistos à lupa.
Imagens de videovigilância mostram um momento em que um individuo pintou a fachada da Sinagoga Kandoorie, no Porto, com frases de apoio ao Hamas – digo ao Hamas, por que antes do genocídio em massa nunca protestaram. pic.twitter.com/h8KaDyx9Np
— xabatta (@Xabatta) October 11, 2023
Os protestos devem continuar durante o resto do mês de Outubro em várias cidades europeias – enquanto a guerra continua sem fim à vista.
Guerra no Médio Oriente
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Imaginem se Israel emitisse um comunicado a incentivar as populações judaicas em todo o mundo a agredirem árabes.
Selvagens.
Israel tem que ocupar completamente Gaza e fazer o que for preciso para acabar com o Hamas.
“O agressor terá chegado a receber uma ordem de expulsão de França, juntamente com a sua família, mas que não terá sido cumprida por intervenção de organizações humanitárias” Agora as Organizações Humanitarias que Pagam a indeminização á Familia