Israel bombardeia universidade em Gaza. Vídeos gráficos do ataque do Hamas espalham-se

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Mohammed Saber / EPA

Bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza após o ataque do Hamas

Aviões de guerra israelitas bombardearam, nesta quarta-feira, uma universidade islâmica na Faixa de Gaza que está ligada ao movimento palestiniano Hamas. Enquanto isso, vídeos gráficos do ataque do Hamas a Israel espalham-se pela rede social X, o antigo Twitter.

Vídeos de decapitações, tiroteios em massa, profanação de cadáveres, raptos e outras formas de violência associadas ao ataque do Hamas a Israel estão a ser disseminados pelo antigo Twitter, a par de discursos de ódio e anti-semitismo.

Uma situação que vai contra as regras do actual X que determinam que não se pode incitar a violência.

No terreno, a guerra entre o Hamas e Israel já causou mais de 3 mil mortos de ambos os lados, e milhares de feridos.

Israel atacou universidade islâmica em Gaza

Nas últimas horas, aviões israelitas atacaram uma universidade islâmica na Faixa de Gaza, com “intensos ataques aéreos” que “destruíram completamente alguns edifícios”, como refere à Agência France Presse um funcionário da instituição, Ahmed Orabi.

A mesma fonte indica que ninguém pode entrar no edifício devido aos incêndios, pedras e escombros espalhados pelas estradas que circundam a universidade.

Israel continua a sua ofensiva aérea massiva contra o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, quatro dias depois do ataque lançado pelo movimento islâmico a partir do enclave palestiniano.

Tempestade al-Aqsa vs Espadas de Ferro

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou uma “ofensiva total” contra a Faixa de Gaza que alterará totalmente a situação no terreno, mas sem fornecer detalhes.

“O Hamas quis uma mudança, e vai mudar 180 graus em relação ao que pensavam. Vão arrepender-se desse momento. Gaza nunca voltará a ser o que era“, prometeu Gallant.

O ministro também classificou os combatentes do Hamas como “animais humanos” e referiu-se a Gaza como um “Estado Islâmico”.

“Não podem ser assassinadas crianças israelitas no campo e permitir que o Hamas continue a existir. Levantei todas as restrições: quem combater contra nós será morto, e usando todos os meios”, insistiu o ministro.

Israel também anunciou um cerco total à Faixa de Gaza, com a suspensão do fornecimento de electricidade, água, alimentos e medicamentos.

Durante a incursão em território israelita, o Hamas fez mais de uma centena de reféns, civis e militares, que levou para a Faixa de Gaza.

Os habitantes de Gaza têm assinalado que os bombardeamentos aéreos efectuados desde segunda-feira são muito diferentes dos de anteriores confrontos, por se revelaram muito mais destrutivos e lançados sem aviso prévio, como era habitual nas operações israelitas no passado.

Sob controlo do Hamas, Gaza é um território com 41 quilómetros de comprimento e 10 quilómetros de largura, situado entre Israel, o Egipto e o Mar Mediterrâneo.

O enclave tem cerca de 2,3 milhões de habitantes e está sob um bloqueio israelita desde 2007.

Mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza

A guerra entre Israel e o Hamas já provocou mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza, anunciou a ONU.

A maioria dos deslocados tem-se abrigado em escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), que perdeu quatro elementos nos bombardeamentos israelitas.

Parte do pessoal da agência está abrigado em algumas das escolas da organização em Gaza, embora 14 instalações tenham sido danificadas.

“A agência das Nações Unidas é também uma vítima do conflito“, referem responsáveis da UNRWA num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, que se encontra em Amã, na Jordânia, descreve o pessoal da agência, que inclui profissionais de saúde e professores, como “heróis desconhecidos” que prestam “serviços às pessoas necessitadas”.

“Dizem-nos que estão aterrorizados e que muitos, muitos deles, foram obrigados a fugir de casa em busca de segurança”, acrescenta.

Estudante portuguesa encontrada morta

​​​​​​​Uma estudante portuguesa de 25 anos que estava a estudar em Telavive, e que se encontrava desaparecida desde sábado, após o ataque do Hamas contra Israel, foi encontrada morta esta terça-feira, segundo a agência Associated Press (AP).

A morte de Rotem Neumann foi confirmada por um primo, acrescenta a AP.

Entretanto, um voo com um primeiro grupo de portugueses que quiseram sair de Israel, proveniente de Larnaca, no Chipre, chega ao aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, nesta quarta-feira pelas 10:45 horas, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

A operação de repatriamento envolveu uma aeronave C-130 na retirada destes cidadãos da capital israelita, ainda de acordo com o MNE.

Este grupo inclui cerca de 80 portugueses que já tinham deixado Telavive para rumarem a Larnaca.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. «…No entanto, uma sociedade profundamente enraizada no Ateísmo, no Materialismo e na legalização de várias perversões, que há muito abandonou a Teologia e os valores Tradicionais, não pode ser considerada Cristã nem Judaica.
    Se tal postura Ocidental, como observamos agora, apoia Israel, então algo correu seriamente mal. Não existe tal coisa como um Mundo Judaico-Cristão; é pura tolice.
    Em contraste, o Mundo Islâmico existe e suas tradições permanecem fortes. A dinâmica não é Judaico-Cristã versus Muçulmana; são Muçulmanos que se opõem a uma cultura Satânica, opondo-se ao Anti-Cristo…» – Alexandre Dugin

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