Desde o início deste ano, mais de 30 organismos públicos foram alvo de ataques informáticos, escreve o Jornal de Notícias esta terça-feira.
De acordo com o diário, os hackers atacam sistemas informáticos de câmaras municipais, juntas de freguesias e agrupamentos de escolas, para exigir depois um resgate.
Por norma, os vírus lançados pelos “piratas informáticos” seguem por e-mail para um ou mais trabalhadores da empresa em causa, visando afetar o maior número de empresas. Depois de entrar no sistema e bloquear o acesso, o hacker pede um resgate, muitas vezes em bitcoins. Depois de entrar no sistema, o hacker “manda uma mensagem à vítima, exigindo dinheiro para enviar a chave que permite desencriptar (libertar) os dados”.
A Câmara Municipal de Vinhais, em Bragança, foi o último caso conhecido deste tipo, estando ainda a tentar recuperar os dados sequestrados durante o ataque.
Em declarações ao matutino, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) adiantou que, desde o início do ano, foram registados 21 casos de ransomware, incluindo o da Câmara Municipal de Vinhais. Por sua vez, a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) aponta para mais de 30 casos sob investigação, entre os quais está também a autarquia de Bragança.
Precisa ainda o JN que a Câmara de Vinhais teve que gastar seis mil euros para recuperar os dados afetados. Os hackers pediam entre 20 a 30 mil euros.