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Há cinco novos casos de familiares do PS no Governo

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Manuel Almeida / Lusa

O número de relações familiares de membros do PS em posição de poder continua a aumentar. Segundo apurou o jornal Observador, há mais cinco destes casos, sendo que alguns datam de 2015, ano em que o Executivo foi empossado.

Carlos Alberto Fernandes Pinto, chefe de gabinete da secretária de Estado da Segurança Social Cláudia Joaquim, é casado com a deputada e vice-presidente da bancada parlamentar do PS, Susana Amador.

De acordo com o Observador, Carlos Pinto foi nomeado chefe de gabinete a 7 de dezembro de 2015, ou seja, quando o Governo de António Costa ainda estava a ser formado.

Tiago Gonçalves, chefe de gabinete do secretário de Estado da Defesa do Consumidor João Torres, é filho do antigo deputado e antigo presidente da Câmara Municipal de Peniche, Jorge Rosendo Gonçalves. O antigo dirigente da JS assumiu o cargo de chefe de gabinete a 17 de outubro de 2018.

Por sua vez, Ângela Ferreira também assumiu a posição de secretária de Estado da Cultura na última remodelação do Governo. Passados quatro meses, o marido, João Ruivo, foi nomeado pelo secretário de Estado João Paulo Rebelo como coordenador científico do Laboratório de Análises de Dopagem, observa o matutino.

Catarina Hasse Ferreira foi nomeada para exercer as funções de técnica especialista no gabinete do secretário de Estado do Emprego Miguel Cabrita, a 16 de fevereiro de 2016. Catarina Hasse Ferreira é nora do antigo deputado do PS Joel Hasse Ferreira.

Finalmente, Susana Escária, adjunta do secretário de Estado da Internacionalização até este ser exonerado na sequência do caso Galpgate, é esposa de Vítor Escária, ex-assessor do primeiro-ministro que foi exonerado na sequência do mesmo caso, em outubro de 2017.

Em declarações ao Público, fonte de São Bento, próxima do primeiro-ministro, assume que “não há confusão entre família política e política familiar. Isso não faz qualquer sentido e os números das nomeações dos membros do Governo demonstram isso mesmo”.

A mesma fonte acrescenta que “perigosas e não escrutináveis, e essas sim graves e preocupantes, são as relações que existem com interesses, negócios e sectores privados e não vêm publicadas em Diário da República”. De acordo com a fonte, não há “rigorosamente nenhuma relação familiar nova desde a constituição do Governo”, pelo que não há qualquer novidade. “A única novidade é haver eleições”, nota.

Feitas as contas, refere fonte próxima do gabinete de António Costa, “o Governo tem 62 membros”, entre ministros e secretários de Estado, e apenas se tem falado de quatro pessoas. “Não houve nenhuma mudança no Conselho de Ministros. E ninguém pôs em causa a sua competência e mérito profissional. Ou seja, não é um ‘emaranhado’ de relações familiares”, tal como referiu um editorial do mesmo jornal.

“A individualidade de cada um dos membros do Governo não se dilui nas suas relações familiares. As relações são escrutináveis e ninguém pôs em causa o mérito profissional dos visados”, conclui a mesma fonte em declarações ao Público.

ZAP //

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