Há acordo para coligação de esquerda em Espanha

Mariscal / EPA

O primeiro-ministro, Pedro Sánchez

Sem maioria absoluta, o Governo ainda terá de ser viabilizado por outros partidos nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.

O partido socialista espanhol (PSOE) e a plataforma de esquerda Somar fecharam um acordo para uma coligação de governo em Espanha, na sequência das eleições legislativas de 23 de julho, anunciaram esta terça-feira as duas forças políticas.

Os dois partidos “alcançaram um acordo programático para a formação de um novo Governo de coligação progressista em Espanha”, que “servirá para uma legislatura de quatro anos”, disseram PSOE e Somar, em comunicado.

O acordo será formalmente assinado e apresentado esta terça-feira ao final da manhã, em Madrid, pelo líder do PSOE, Pedro Sánchez, e pela líder do Somar, Yolanda Díaz.

Sánchez é também o primeiro-ministro em funções e Díaz uma das suas atuais vice-presidentes e ministra do Trabalho, no atual Governo de Espanha, que na última legislatura já foi uma coligação do PSOE e da Unidas Podemos (a plataforma de partidos à esquerda dos socialistas a que agora sucedeu o Somar).

PSOE e Somar não têm maioria absoluta de deputados no parlamento espanhol, pelo que para o Governo tomar posse terá de ser viabilizado por outros partidos nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco, com quem continuam a negociar, sem haver ainda acordo.

A 23 de julho, os conservadores do Partido Popular (PP), de Alberto Núñez Feijóo, venceram as eleições legislativas em Espanha, mas, ao contrário das expetativas, não conseguiram uma maioria absoluta com o VOX.

Por outro lado, o PSOE também não conseguiu inicialmente persuadir os deputados nacionalistas e separatistas a apoiar um governo de coligação, entre os socialistas e a aliança de esquerda Sumar.

O grupo parlamentar de Puigdemont decidiu entretanto apoiar a esquerda, na eleição presidência da Mesa do Congresso no Parlamento de Espanha

Se até 27 de novembro não houver novo primeiro-ministro investido pelo parlamento, Espanha terá de repetir as eleições.

ZAP // Lusa

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