Um mês desde o primeiro teste positivo confirmado do novo coronavírus no país, Portugal tem um total de 9.034 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica desta quinta-feira.
Houve um aumento de 783 casos (9,5%) em comparação com o número de novos casos de quarta-feira. Há mais 316 casos internados, num total de 1.042 casos, uma subida de 44%. O aumento do número de casos em Unidades de Cuidados Intensivos foi mais reduzido, registando-se apenas mais dez casos num total de 240 (mais 4%).
O Boletim da DGS mantém os 39 países, mas aumenta o número de casos importados para 560, mais 18 do que na véspera.
O número de mortes subiu de 187 para 209, depois do maior aumento de vítimas em 24 horas desde o início da pandemia (27). “A taxa de letalidade global é de 2,3% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 9,2%. Em domicilio estão 85,4% dos doentes (7715 doentes)”, disse o secretário de Estado da Saúde, António Sales.
A incidência nas pessoas acima dos 70 anos (20 das 22 mortes), que representam 86,6% das 209 mortes por covid-19 no país (136 acima dos 80 anos, 45 entre os 70 e os 79 anos). Continuam a existir apenas dois casos, mulheres, abaixo dos 50 anos, entre as vítimas com menor idade.
Registou-se a terceira vítima no Algarve. A região Norte continua a ser a que conta com mais óbitos (mais 12, num total de 107), seguida da região Centro (mais três, num total de 55) e da região de Lisboa e Vale do Tejo (mais seis, num total de 44).
O número de casos recuperados, que se tinha mantido em 43 nos últimos seis dias, passou agora para 68.
80 mil zaragatoas chegam sexta-feira
António Sales disse que vão ser distribuídas esta quinta-feira seis mil zaragatoas, sendo que estão encomendadas mais 400 mil, das quais 80 mil chegam na sexta-feira. As restantes têm entregas previstas nas próximas semanas. Chegam também mais 200 mil testes na próxima semana.
“Estamos em condições de duplicar a nossa capacidade de ventilação. Foram oferecidos 400 ventiladores invasivos, muitos dos quais já chegaram aos hospitais, e recebemos 140 não invasivos a título de empréstimo. Foram também adquiridos mais 900 pela administração central (144 chegarão este fim de semana)”, disse.
Sobre os critérios para a realização dos testes, Graça Freitas diz que quem tem a principal indicação para ser testado são os doentes suspeitos e depois as pessoas que tiveram contacto com eles, sobretudo em lares e situações semelhantes.
Questionada sobre o pico da epidemia, Graça Freitas repete que o pico pode ser estendido no tempo, uma vez que a subida não está a ser abrupta.
“Estamos a subir a curva, ainda estamos em ascendência, mas não exponencial e abrupta. Temos tido uma ascendência aplanada, mas não sabemos quando vai ser o pico. Quanto mais lenta for a nossa progressão mais para a frente vai o pico. Estamos a fazer tudo para subir lentamente, vamos depois estar em planalto, mas só saberemos que estivemos no pico quando começarmos a descer, e mesmo assim não dá para ver logo nos primeiros dias de descida. O que nos interessa neste momento é sobretudo saber o número de doentes que temos por semana para termos a certeza de que os conseguimos tratar adequadamente. O objetivo é tratar bem os doentes”, disse.
António Sales referiu que 1124 profissionais de saúde infetados: 206 médicos, 282 enfermeiros e 634 outros profissionais, como assistentes técnicos e operacionais e de diagnóstico e terapêutica. Há 7 médicos e 1 enfermeiro nos cuidados intensivos. Os dados poderão ter sofrido alterações.
Coronavírus / Covid-19
-
20 Outubro, 2024 Descobertas mais provas de que a COVID longa é uma lesão cerebral
-
6 Outubro, 2024 A COVID-19 pode proteger-nos… da gripe