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Nova adversária de Guterres “entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona” na ONU

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EU2016NL / Flickr

Kristalina Georgieva, comissária europeia para o Orçamento e Recursos Humanos

Kristalina Georgieva, comissária europeia para o Orçamento e Recursos Humanos

A Bulgária mudou a sua candidata ao cargo de secretário-geral da ONU, substituindo Irina Bokova por Kristalina Georgieva, anunciou o primeiro-ministro do país, citado pela AFP. Marcelo Rebelo de Sousa considera que a candidata entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona.

Kristalina Georgieva, candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, é considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro búlgaro Boiko Borissov hoje em Sofia.

“Nós acreditamos que é uma candidatura de sucesso”, disse o chefe do governo de centro-direita aos jornalistas na capital búlgara referindo-se à atual comissária europeia para o Orçamento e Recursos Humanos.

Kristalina Georgieva foi comissária europeia para a Cooperação Internacional, Ajuda Humanitária e Resposta à Crise, entre 2010 e 2014, e pertence ao partido conservador Cidadãos pelo Desenvolvimento Europeu da Bulgária, ligado ao Partido Popular Europeu (ao qual pertencem PSD e CDS).

O nome de Irina Bokova tinha sido proposto pelos socialistas da Bulgária.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comparou a candidatura de Kristalina Georgieva às Nações Unidas a um concorrente que entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona, sublinhando que António Guterres é um “maratonista natural”.

“Por princípio, Portugal respeita e saúda todas as candidaturas. No entanto, tive aquela sensação de estar a ser corrida uma maratona e de repente aparecer um concorrente que entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona“, afirmou o chefe de Estado em declarações aos jornalistas à saída do congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que decorre em Lisboa.

O Governo português, por seu lado, disse ver “com serenidade” a entrada de Kristalina Georgieva na corrida à liderança das Nações Unidas, hoje anunciada pela Bulgária, reiterando o valor da candidatura de António Guterres, que foi “transparente e a tempo”.

Em declarações à TSF, Augusto Santos Silva lembra que esta é apenas mais uma candidatura e não acredita que vá tornar “mais difícil” o processo avançado por Portugal.

“Apresentámos a candidatura do engenheiro António Guterres no fim do mês de fevereiro. Fizemo-lo a tempo, com toda a transparência e de forma a que António Guterres fosse sujeito a todas as provas e passos que o processo de seleção a secretário-geral das Nações Unidas hoje exige”, algo que considerou ser “um comportamento exemplar”, afirmou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.

AF, ZAP / Lusa

6 Comments

  1. Está tudo podre. Só jogos de bastidores.
    O Centro-Direita não quer perder o comando da “Europa” com a porca do costume a comandar…

    • Sem duvida. É uma autentica vergonha e revela bem os jogos de bastidores.
      É uma vigarice pegada e só mesmo compreensível na lógica que referiu, e bem.
      Não faz qualquer sentido, nem devia ser autorizado, esta senhora entrar na corrida, nesta altura do “campeonato”. É um tratamento desigual face a todos os outros candidatos.
      Quanto a Guterres, espero que ganhe, não apenas por ser português. Trata-se de uma pessoa extremamente humana, condição fundamental para organizações deste tipo, que lidam com a miséria, a falta de dignidade e a desumanização cada vez maior no Mundo. Trata-se ainda dum homem honesto, sério, de quem nunca se ouviu falar em trafulhices, contraraiamente a muitos outros que têm passado pela politica.
      A mim interessam-me dados oficiais, os do INE. Conversa de chácha há muita, geralmente oriunda daqueles que não são da côr politica dele ( a clubite ás vezes tem destas coisas e, provavelmente alguns até acham que Durão Barroso foi um grande presidente da comissão europeia, só porque é da cor), mas enfim.

    • Seria melhor para Portugal, Europa e restante mundo que Guterres fosse afastado. Guterres é um brinde para o Daesh, que tem na invasão dos refugiados islâmicos uma forma de introduzir os seus operacionais nos países “infiéis”.
      Guterres é um fraco em liderança e um incompetente em gestão e … contas. “…é só fazer a conta ! ”
      Ser português, não é argumento suficiente para todos lhe colocar-mos a mão debaixo.
      Guterres é um socialista terceiro-mundista. Não é um líder realista e pragmático.
      Espero que fique em 2º lugar !

  2. Mais uma vez a direita bafienta que controla a UE com os desastrosos resultados que estão á vista tenta á revelia das boas práticas e regras de conduta que devem ser observadas por pessoas de bem, tenta afastar um candidato que cumpriu todos o requesitos, mesmo informais, normais neste tipo de assunto, propondo uma candidata tirada da cartola na ultima fase do processo.
    Uma vergonha.

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