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Gustavo Santos diz que foi a eventos com “testes falsos” à covid-19. MP pode abrir inquérito-crime

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O autor e apresentador de televisão Gustavo Santos afirmou, num evento público, que foi a vários eventos com “testes falsos” à covid-19 durante a pandemia. Agora, arrisca ser alvo de um inquérito-crime e uma pena de prisão que pode ir até aos 3 anos.

Gustavo Santos é um conhecido autor de livros de auto-ajuda que se tornou figura pública enquanto apresentador de televisão. No lançamento do seu mais recente livro, “Não Obedeças Mais”, na semana finda, Gustavo Santos admitiu que apresentou “testes falsos” à covid-19, para poder entrar em “vários eventos” durante a pandemia.

“Malta, é tão bom ser livre”, salientou perante a plateia na FNAC, falando também com um homem, seu conhecido, que estava a filmar o evento, notando que “este gajo foi ao Brasil”.

Gustavo Santos já assumiu, por várias vezes, uma postura negacionista contra a covid-19, confessando que não está vacinado e que não usa máscaras, nem faz testes.

“As pessoas são livres de pensamento, mas não livres de falsificar documentos“, explica na CNN Portugal o advogado Rogério Alves, notando que, sendo afirmações verdadeiras, se trata de um crime.

“Há indícios claros de crime de falsificação que devem ser investigados”, aponta Rogério Alves, frisando que “o Ministério Público deve desencadear esse procedimento criminal”.

O ex-Bastonário da Ordem dos Advogados nota que pode estar em causa um crime de falsificação de documento para obter vantagem que, conforme o artigo 256 do Código Penal, pode ser punido com pena de prisão até três anos ou multa.

Mas “uma coisa é falsificar o documento, outra é criar um novo ou pôr lá outro nome”, salienta ainda Rogério Alves, notando que será preciso investigar os contornos do caso.

“Todos usámos testes falsos”, explica Gustavo Santos

Gustavo Santos veio, entretanto, fazer uma espécie de clarificação do que disse, salientando, numa nota no Instagram, que “todos usámos testes falsos, a começar pelos vendidos nas farmácias, os mesmos que declaravam alguém sem sintomas como positivo, na impossibilidade de existirem assintomáticos por covid-19″.

“Tudo o que não for isto, é mentira”, acrescenta o autor, frisando que “todas as interpretações que são feitas são da responsabilidade dos próprios”.

Nesta última semana, Gustavo Santos também esteve no programa de Júlia Pinheiro na SIC, para promover o seu livro, onde admitiu que este podia ser “um flop” ou “um sucesso”, mas que era “a sua verdade”.

O autor também destacou que a obra pode revelar uma “visão de negacioniosta, de chalupa” para algumas pessoas.

“Eu devo ser das pouquíssimas figuras públicas que assume que não tem vacina. Não sou vacinado, não uso máscaras, não faço testes, não acredito em nada disto”, apontou também.

ZAP //

12 Comments

  1. E há quem compre livros de um homem que nega o conhecimento científico, que nega a ciéncia? Os leitores gastam dinheiro a comprar ideias negacionistas? No meu tempo dizia-se assim: – não sejas imbecil, pá!

      • Há uma coisa curiosa. Porque é que os tolos que dizem que a COVID não existiu são os mesmos que defendem a invasão da Rússia? Será isso uma manifestação secundária da própria COVID, isto é, ficar tolo?!

      • É facil… A sensatez está a ficar fora de moda.
        Não se trata de defender a invasão da Ucrânia – trata-se sim de ter discernimento e dois dedos de testa para não engolir tudo o que diz o discurso oficial dos media.

        Ficamos em casa sem trabalhar e produzir para proteger os idosos, tomamos vacinas que não tem proteção eficaz ( a Pfizer até veio recentemente confirmar que não a testou contra a transmissão).

        Agora está tudo mais caro, inflacionado, dizem que é por causa da energia.

        Pensa que todos esses milhões de vacinas não foram pagas?
        O que é que acha que estamos a pagar com esta suposta inflação?

    • tendo em conta que covid é uma doença, não percebo como se considera alguém doente sem ter sintomas, e não vale a pena falar em cancro pois não é causado por nenhum vírus.

  2. Este homem pôs em risco a vida de várias pessoas que foram aos eventos! 3 anos é pouco, 10 anos não é demasiado!! que aproveite o tempo na prisão, para contar todos os disparates que fez, antes que mate por aí à toa.

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