Fernando Veludo / EPA
Mora e Svilar no FC Porto-Roma
Italianos estiveram a ganhar ao FC Porto, com um golo de Çelik. Mas, no início da jogada, deveria ter sido livre para os portugueses.
Há diversas regras no futebol que existem mas que raramente são cumpridas, aplicadas pelos árbitros. Uns esquecem-se, outros facilitam, outros preferem o “bom senso”.
Lançamento com um pé em cima da linha ou mesmo dentro de campo? Passa. Marcar um livre 5 metros à frente do sítio onde foi a falta? Passa. Obstrução, falta longe da bola? Passa.
Pedir cartão amarelo para um adversário… Nem sempre passa.
Uma das excepções aconteceu nesta semana, envolvendo uma equipa portuguesa. Al Musrati foi expulso no Mónaco-Benfica porque pediu um cartão amarelo para Carreras. Era o segundo amarelo mas o árbitro não hesitou porque sabe que a regra diz: quem pede um amarelo vê o amarelo. Mas é raro vermos isso.
19 segundos
Ontem, quinta-feira, voltamos às regras que existem, mas não se sabe muito bem para quê, já que quase nunca são aplicadas.
FC Porto e Roma empataram 1-1 no Estádio do Dragão, em jogo da Liga Europa. Os italianos marcaram primeiro, mesmo nos últimos segundos da primeira parte, por Zeki Çelik. O turco aproveitou um ressalto e marcou.
Mas vamos lá atrás, ao início da construção ofensiva da Roma nessa jogada.
A jogada começou através do guarda-redes Svilar, que impediu um momento perigoso de Francisco Moura, que ia lançado para a área.
O guarda-redes agarrou a bola e, diz a regra, tinha 8 segundos para largar o esférico. Svilar teve a bola nas mãos durante… 19 segundos. Sim, nós contámos. Foi mais do dobro do que é permitido.
E mais: Svilar até falou com o árbitro durante os primeiros segundos desse momento.
Os (muitos) assobios dos adeptos do FC Porto nada adiantaram – o árbitro fingiu que estava tudo bem, deixou seguir, o guarda-redes pontapeou a bola lá para a frente e, numa segunda vaga ofensiva, a Roma marcou.
Aqui não há VAR.
Este Porto é uma equipa irreconhecível. Só tem canalhada. Os jogadore bons ou razoáveis sairam todos do clube. Aonde este treinador se meteu! É o que faz ter o clube praticamente falido. Pinto da Costa foi tanto ganhador corrupto como ladrão do clube. Agora é a travessia do deserto.