José Coelho / Lusa
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Pelo terceiro jogo consecutivo (em quatro sob as ordens de Martín Anselmi), o Porto esteve a perder, evitou a derrota (o argentino segue sem perder), mas não conseguiu ganhar.
Na recepção à Roma, os “dragões” somaram o terceiro empate seguido, num jogo em que não criaram lances de perigo na primeira parte e sofreram à beira do intervalo.
Empataram a meio do segundo tempo, por Francisco Moura, e depois de se verem em superioridade numérica (Cristante foi expulso nos italianos) encostaram o adversário à sua área, mas foram incapazes de voltar a marcar.
A primeira parte foi dividida e com poucas ocasiões de golo… até a Roma marcar, em cima do intervalo.
Os italianos estiveram ligeiramente por cima, mais subidos no terreno, mas sem arriscarem muito. O FC Porto mostrava-se mais recuado e sem pressionar alto.
Os “dragões” até tiveram mais posse de bola, mas não foram além dos dois remates (nenhum deles enquadrados) e das nove acções na grande área contrária, acabando por se ver em desvantagem já para lá do minuto 45.
A segunda parte começou com a primeira ocasião de golo para o Porto, desperdiçada por Francisco Moura, mas depressa retomou a toada do primeiro tempo.
Diogo Costa evitou o segundo da Roma e, logo a seguir, Francisco Moura redimiu-se e empatou, num lance iniciado pelo guarda-redes dos “azuis-e-brancos”.
Depois a Roma ficou reduzida a dez e o Porto instalou-se no meio-campo contrário em busca da vitória, mas apesar de ter terminado a partida com 12 remates, mais nenhum voltou a levar a direcção da baliza e até foi a Roma a terminar com mais disparos e mais acções na grande área adversária.
O Jogo em 5 Factos
1. Muitos cruzamentos, pouca eficácia
O Porto apostou nos cruzamentos para a área, sobretudo depois de se ver em superioridade numérica, ao ponto de bater, de longe, o seu anterior máximo de cruzamentos num jogo nesta Liga Europa. Foram 25, quando a sua média por jogo até aqui na prova era de 13,1. Preocupante é o facto de, desses 25, apenas cinco terem chegado ao destino.
2. Dragão dominador nos duelos
Não foi por os seus jogadores não se mostrarem combativos que o FC Porto somou mais um jogo sem ganhar. Os “dragões” foram claramente mais fortes nos duelos, ganhando 68, contra 38 da Roma (a turma italiana ainda não tinha ganho tão poucos duelos num jogo da Liga Europa até à data esta época).
3. Muitos passes de risco falhados
O Porto não esteve particularmente mal no capítulo do passe, com uma eficácia de quase 86%. Porém, errou o dobro dos passes de risco em comparação com a Roma, terminando a partida com 28. Porém, apenas dois a partir da hora de jogo.
4. Roma soube resistir
O Porto encostou a Roma à sua grande área a partir do momento em que se viu em superioridade numérica, embora sem conseguir criar lances de muito perigo. A defesa transalpina respondeu a essa pressão com um total de 30 alívios, o seu máximo na prova esta temporada.
5. Poucas faltas, muitos cartões
Num jogo em que o número de faltas nem foi exagerado (24), ao todo foram 11 os cartões exibidos pelo árbitro da partida. Oito para a Roma (que totalizou 16 faltas), três para o FC Porto, que se ficou pelas oito. Só um jogo nesta edição da Liga Europa (entre Lyon e Eintracht Frankfurt) teve mais cartões (12).
Melhor em Campo
O autor do golo da Roma, Zeki Çelik, também cumpriu no seu papel de central, com quatro alívios, dois remates bloqueados e duas intercepções. Foi o seu primeiro tento ao serviço dos romanos.
Resumo
// GoalPoint