Manuel de Almeida / Lusa

A situação está a gerar trocas de acusações entre PSD e Chega sobre quem sabotou a eleição. Apesar de Pedro Pinto rejeitar que a culpa seja de deputados do Chega, Pacheco de Amorim admite essa possibilidade.
Os candidatos indicados pelo Chega para vice-presidente do parlamento, Diogo Pacheco de Amorim, e vice-secretário, Filipe Melo, falharam a eleição, não tendo conseguido obter o voto favorável da maioria absoluta dos deputados.
O anúncio dos resultados para a mesa da Assembleia da República foi feito pela secretária da mesa Germana Rocha.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, foi reeleito com a segunda maior votação de sempre, com 202 votos, ficando atrás só de Jaime Gama, que obteve 204 votos em 2009.
Sobre a situação no Chega, Aguiar-Branco citou o Regimento para explicar que estando atingido o quórum de funcionamento da mesa, a eleição dos membros em falta será feito na próxima sessão plenária, na discussão do programa do Governo, ainda sem data.
“A Assembleia da República tem condições para funcionar em termos regimentais”, declarou.
Foram eleitos os candidatos a vice-presidentes do PSD Teresa Morais, do PS Marcos Perestrello (PS) e da IL Rodrigo Saraiva, todos os secretários da mesa e os vice-secretários indicados por PSD, PS e IL, bem como o Conselho de Administração.
No caso de Pacheco de Amorim, a eleição foi falhada por apenas um voto, tendo o candidato obtido 115 votos a favor, 115 brancos e zero nulos. Já Filipe Melo teve 113 votos a favor, 117 brancos e zero nulos, falhando a eleição por três votos. Por outro lado, Gabriel Mithá Ribeiro, foi novamente eleito secretário da Mesa sem qualquer percalço.
“Traição rasteira”
Os resultados estão a gerar uma troca de acusações sobre quem é que sabotou a eleição dos dois candidatos do Chega.
Em declarações aos jornalistas, depois da primeira sessão plenária da XVII legislatura, André Ventura descreveu a situação como uma “traição rasteira” e fez saber que vai apresentar novas candidaturas, sem clarificar se serão os mesmos dois nomes.
“Houve um entendimento alargado e pensei que esse entendimento fosse estendido às três principais forças representadas no parlamento. Não se compreende, num partido que é o segundo maior do parlamento, que os outros partidos devem mandar em tudo. Estão a tentar fazer um cordão sanitário a um partido que os portugueses escolheram”, defende.
Confrontado sobre quem terá sabotado a eleição, Ventura recusa “estar a atribuir responsabilidades”. “Não quero fazer disto um super caso, mas é lamentável“, refere.
Hugo Soares garante que a culpa não foi do PSD e recorda que, no ano passado, Pacheco Amorim já tinha sido eleito com os votos dos sociais-democatas. “Não foi por violação de nenhum acordo que o Dr. Diogo Pacheco de Amorim não foi eleito. Estou absolutamente convencido que os deputados do PSD cumpriram o que lhe foi pedido pela direção do grupo parlamentar”, frisou, à CNN Portugal.
O líder parlamentar do PSD considera também que “não deixa de ser curioso que Pacheco Amorim não tenha obtido os 116 votos necessários”, já que, juntos, a AD e o Chega têm 151 deputados, uma margem bastante folgada para garantir a eleição.
Soares também afirma que o PSD estava disposto a repetir logo a votação, mas “quem não quis repetir a eleição hoje foi o deputado André Ventura porque entendeu que devia ouvir primeiro o seu grupo parlamentar”.
Houve traição dentro do Chega?
Em reação ao sucedido, Pedro Pinto garante que não foram os próprios deputados do Chega a não apoiar os candidatos do seu partido. “Não posso admitir que haja sequer a insinuação que foram os deputados do Chega que não votaram quer em Diogo Pacheco de Amorim quer em Filipe Melo”, afirma o líder parlamentar do partido.
Sobre as insinuações de Hugo Soares, Pedro Pinto considera-as “uma falta de respeito”. “É um jogo sujo, de arrogância e desespero”, considera à Antena 1.
Já Pacheco de Amorim não rejeita a possibilidade de “dois ou três deputados” do Chega não terem votado a seu favor. “É muito difícil dizer. Não afasto que dois ou três deputados do meu partido possam não ter votado. Ser já sete ou oito é impensável”, afirma à Rádio Observador, acrescentando que “se tivesse a maioria da bancada contra mim eu seria o primeiro a não querer avançar”.
Sobre a narrativa de vitimização atribuída ao Chega, o deputado desvaloriza. “Essa história da vitimização do Chega e de André Ventura é velha, já aconteceu lamentavelmente durante a campanha eleitoral”.
Pacheco de Amorim confessa que ficou surpreendido porque “tinha havido um acordo, mas é um voto secreto”. “Teria de haver 39, mais de metade da bancada parlamentar do Chega, a votar contra o meu nome”
O deputado pediu ainda que os partidos sejam coerentes nas votações. “Só com uma segunda votação poderão ser tiradas ilações. Vamos ver se a bancada do PSD tem capacidade para fazer acordos e para os fazer cumprir. Estamos permanentemente a ouvir que o Chega não tem uma posição institucional e o Chega foi o único a votar todos os nomes”, remata.
Adriana Peixoto, ZAP // Lusa
O Chega e, em especial, André Ventura já se esqueceram o que fizeram na legislatura anterior com a eleição de Aguiar Branco para presidente da Assembleia da República.
Lá diz o ditado popular: Deus escreve direito com linhas tortas..
Também não é verdade o que disse André Ventura nas Televisões sobre o funcionamento da Assembleia da República, declarando que esta não funcionaria. Funciona, oh André. Basta de reserva mental e armar-se em vítima.
O voto é secreto e portanto não sabe quem votou ou não votou no dito parlamentar do Chega.
Aconteceu o mesmo na anterior legislatura com a eleição do presidente, oh sr. André.
E quando é um próprio membro do Chega a admitir que os seus colegas podem não ter votado nele…
Ventura voltou a provar do seu veneno. Ou continuamos em encenação para se vitimizar?
O AV com mais uma estratégia de vitimização, andou o PS e o ps2 a fazer um esforço tremendo para votarem os indicados do Chega, e foram os próprios a boicotar-se… aprendeu com o trump, com o tiro na orelha!
Ainda bem que esse aborto não ganhou.. menos um tacho para o chega… Tadinhos
Este gajo, se fosse ao barbeiro cortar o cabelo e aparar as gaifanas, ficava com aspecto mais asseado.
Este gajo, se fosse ao barbeiro cortar o cabelo e aparar as gaifanas, ficava com aspecto mais asseado.
boot…do ps2…ou do ps22
Porque razão é que se iliba automaticamente os PS2 de qualquer jogada baixa?
Mas olhem que os PS2 são exactamente muito bons e peritos nisso das jogadas baxinhas, é o seu forte e usam e abusam desse truque.
Falo assim, porque conheço mutio bem , com dados fundados, e de longa data, que com o PS2 é mesmo assim e toda a gente tem de estar preparada para este tipo de jogadas, e como não estão, alias parte do princio da “Boa-Fé” e é precisamente aí que eles ATACAM.
A corja dos PS2 é capaz de tudo e mais alguma coisa, é a tal raça que não faz parte da Humanidade.
Quanto ao AMorim, se eu fosse o AV ia já passear, pois é mais um dos PS2 que vieram para o CH à procura de Destaque Social e Economico.