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Guarda prisional montou burla milionária a partir da prisão de Pinheiro Da Cruz

Tiago Henrique Marques / Lusa

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A Polícia Judiciária anunciou hoje que o guarda prisional da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola, foi detido por crimes informáticos e corrupção, estando também envolvido no caso um recluso em cumprimento de pena.

Na terça-feira, fonte da Direção-geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) avançou à agência Lusa que um guarda prisional da cadeia de Pinheiro da Cruz tinha sido detido pela Polícia Judiciária, sem adiantar os motivos.

Em comunicado hoje divulgado, a PJ adianta que o guarda prisional detido, de 42 anos, dedicava-se aos crimes de burla informática, acesso ilegítimo e corrupção.

A investigação apurou que o guarda prisional em funções “colaborava e facilitava a atividade de um recluso, que do interior do estabelecimento prisional se dedicava à prática de crimes de burla informática e acesso ilegítimo, utilizando para o efeito um smartphone com capacidade de processamento”, refere a PJ.

Aquela polícia sublinha que os factos tinham por base “uma forte componente de ‘engenharia social’, levando as vítimas a concederem privilégios de acesso a sistemas informáticos comprometedores e que se consubstanciavam em prejuízos económicos imediatos”.

Segundo a PJ, os elementos até agora disponíveis permitem atribuir aos autores a responsabilidade por danos de cerca de trinta mil euros, tendo sido ainda apreendidos meios informáticos que suportavam os crimes cometidos.

A Polícia Judiciária continua com as investigações para apurar a extensão da atividade delituosa.

O guarda prisional foi presente a um interrogatório judicial para efeitos de aplicação das medidas de coação adequadas.

/Lusa

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