Juan Guaidó, líder da oposição a Nicolás Maduro, anunciou a criação de uma espécie de governo paralelo e designou Leopoldo López para dirigi-lo.
O presidente do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou esta quarta-feira a criação de um “centro de governo” para responder à crise e coordenar as iniciativas da oposição contra o regime de Nicolás Maduro, avança o Público.
“Anunciamos importantes nomeações de governo com o objetivo de responder à emergência humanitária complexa e exercer a pressão necessária para conseguir que cesse a usurpação”, disse Guaidó.
O líder da oposição apresentou o Plano País Infraestrutura na Universidade Metropolitana de Caracas e designou o líder do Vontade Popular, Leopoldo López, como responsável pelo “centro de governo”.
“Assumo com humildade e compromisso esta responsabilidade que me foi confiada pelo Presidente Guaidó. Podem estar certos de que esta equipa, que integra venezuelanos preparados e dedicados, vai trabalhar sem descanso até que cesse a usurpação”, escreveu López no Twitter.
López está refugiado na residência do embaixador de Espanha em Caracas, Jesus Silva, desde a insurreição falhada para derrubar o regime bolivariano de Maduro, a 30 de abril. Nesse dia, deixou a prisão domiciliária e apareceu ao lado de Guaidó, tendo entrado na residência do embaixador para evitar voltar para a prisão.
Além de López, Guaidó anunciou que Júlio Borges (do partido Primeiro Justiça), exilado na Colômbia, é o responsável pelos Negócios Estrangeiros. O seu papel é dar continuidade e aumentar a “pressão diplomática e financeira contra a ditadura, e responder à diáspora” venezuelana.
Segundo o diário, Alegandro Plaz é o comissário para o desenvolvimento económico e Javier Troconis tem a pasta da gestão dos ativos da Venezuela no estrangeiro. Ao advogado Humberto Prado, do Observatório Venezuelano de Prisões, cabe os direitos humanos.
Os Estados Unidos já reagiram ao anúncio e dizem apoiar esta iniciativa. “O novo centro de governo vai dar continuidade ao nosso trabalho com Guaidó”, escreveu no Twitter o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.