Depois das duas mortes no 127.º curso de Comandos, que iniciou com 67 formandos, já só prosseguem apenas 30. Alguns desistiram e outros foram eliminados.
O número de participantes do 127.º curso de Comandos, no qual morreram dois formandos, já está reduzido a menos de metade, escreve o jornal Público.
Segundo um comunicado do Exército, até dia 15 deste mês já tinham saído 17 militares e a estes juntam-se agora mais nove desistências e outros nove que entretanto foram eliminados.
“Dos 67 formandos que iniciaram o 127.º Curso de Comandos, prosseguem 30“, pode ler-se na nota divulgada esta segunda-feira.
Num segundo comunicado, o Exército também garante estar a “prestar toda a colaboração que lhe é solicitada pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar”.
Além disso, assegura que a investigação está a decorrer com “rigor e transparência”, de forma a determinar “as circunstâncias em que ocorreram as mortes dos dois militares e a eventual existência de indícios de responsabilidade disciplinar imputável a qualquer militar”.
O Exército solicitou ainda ao INEM e aos hospitais do Barreiro e Curry Cabral o envio dos relatórios sobre a assistência aos militares e irá solicitar também os relatórios das autópsias.
Na mesma nota, o porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira, informa que “não tendo sido constituído como arguido qualquer militar, não existe fundamento para a suspensão de funções de qualquer dos elementos que integram as equipas de instrutores” do curso.
Recorde-se que um dos formandos, Hugo Abreu, faleceu na sequência de um dos treinos, na altura devido a um “golpe de calor”.
Posteriormente, um outro militar, Dylan Araújo da Silva, que também tinha sido internado e estava à espera de um transplante de rim, morreu no hospital Curry Cabral, em Lisboa.
Na semana passada, familiares de Hugo Abreu contaram no programa “Sexta às 9”, da RTP, que o jovem terá sido obrigado a comer terra quando já estava no chão e depois de entrar em convulsão.
Segundo a TSF, o último militar a ser internado depois do “golpe de calor” – no total foram onze – ainda continua hospitalizado.
A informação, avançada pelo porta-voz do Exército, explicou que o militar está a recuperar bem, depois dos problemas renais e hepáticos, mas por indicação médica continua internado.
ZAP
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