O presidente do RECONQUISTA requereu junto do nosso jornal Direito de Resposta à notícia “Grupo de 100 neonazis alugou e reuniu em sala da Assembleia Municipal de Lisboa” — que transcrevemos abaixo.
Nos termos do disposto nos artigo 24º a 26º da Lei da Imprensa, o fundador do movimento Reconquista, Afonso Gonçalves, requereu Direito de Resposta à notícia publicada no ZAP no dia 15 de novembro, com o título “Grupo de 100 neonazis alugou e reuniu em sala da Assembleia Municipal de Lisboa”.
No seguimento do requerimento recebido, o ZAP publica abaixo a resposta enviada pelo seu autor:
Na referida peça, o título panfletário catalogou-nos como “neonazis” — “Neonazis reunidos na sede da Assembleia Municipal”. Esta caracterização é abusiva e evidentemente difamatória: o nosso movimento não é neonazi.
Reivindicamos o nosso direito à auto-determinação ideológica, identificando-nos como nacionalistas e tradicionalistas. A colagem do termo “neonazi” ao movimento é infundada, carece de qualquer validade científica e constitui uma tentativa de distorção da nossa identidade e dos nossos princípios.
Acresce que não compete ao jornalismo emitir opinião camuflada de notícia.
Segundo o texto da mesma peça, reproduzindo declarações da Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), Rosário Farmhouse, terá sido apresentada uma proposta por uma “entidade” que procedia ao aluguer, sendo o “colectivo de jovens (partido Chega)”.
Isto é totalmente falso, e mais grave: calunioso. Nunca, em momento algum, nos fizemos passar pela Juventude Chega. Nem haveria qualquer razão para o fazer, pois acreditamos — ou acreditávamos — na normalidade institucional.
Temos plena consciência de que é legal, legítimo e plenamente constitucional que movimentos com as mais diversas orientações ideológicas utilizem espaços públicos, para os quais também contribuem através do pagamento de impostos ao Estado.
A observação do primeiro ponto do CDJ teria evitado que esta calúnia fosse publicada sem contraditório.
É referido ainda que “a promotora escondeu que se tratava de um movimento extremista.
Só se verificou a posteriori, quando o evento já estava a decorrer, que o congresso era afinal de um movimento nazi.” Isto é absolutamente falso para além de uma colocação rídicula. O epíteto “extremista” é nos colocado por vocês, sendo que não nos consideramos de tal forma, pelo que não fazia sentido descrevermo-nos assim.
Mais, em momento algum ocultámos, total ou parcialmente, a natureza, o teor ou o conteúdo do evento. Pelo contrário, a confirmação do mesmo apenas foi dada após o envio de um e-mail que especificava de forma detalhada o título do evento, a organização promotora, a lista completa de oradores e os respectivos discursos.
É facilmente comprovável que a própria AML não entendeu que éramos da Juventude Chega, uma vez que o valor que nos foi facturado é cinco vezes superior ao valor que teria sido cobrado caso fôssemos efectivamente da Juventude Chega.
Isto deve-se ao facto de estarem previstos valores reduzidos para entidades de interesse público, como os partidos políticos.
Repudiamos a afirmação de que a utilização do espaço só foi aprovada porque se entendeu que éramos da Juventude Chega, uma vez que essa sugestão deixa implícito que, caso não fôssemos dessa juventude, a realização do evento teria sido negada com base em critérios ideológicos.
Esta visão contraria o princípio da legalidade democrática que deve orientar a conduta de qualquer entidade pública, nomeadamente de um órgão do poder local. Isto é, a decisão de permitir ou não a realização de um evento num espaço público deve basear-se na sua conformidade legal, e não na sua natureza ideológica.”
Afonso Gonçalves – Presidente RECONQUISTA
Nota do Editor:
1. O ZAP teve oportunidade de salientar, na notícia em causa, que “o grupo já abordou o caso, dizendo que as notícias sobre a reunião são falsas. Escreve no X que a reunião contou com muito mais do que uma centena de pessoas e que “não só revelou a identidade como elencou todos os oradores em emails trocados com a AM”.
2. O ZAP agradece os esclarecimentos adicionais prestados através do texto do Direito de Resposta acerca dos contornos e circunstâncias em que ocorreu o episódio relatado pelo jornal Expresso, citado pelo nosso jornal.
3. O ZAP teve também oportunidade de referir, na notícia em causa, que os promotores do evento “dizem não ser neonazis: a Reconquista ‘é uma organização nacionalista e tradicionalista; não neonazi’.
4. Independentemente da forma como o movimento se apresenta ou classifica, o ZAP mantém a adequação do uso das expressões “neonazi” e “extremista” que usou para o caracterizar.
5. Essa caracterização não é um exercício de opinião. É o resultado factual das posições ideológicas publicamente manifestadas pelo movimento — nomeadamente no seu site, nas suas redes sociais e nas entrevistas que tem concedido — que colocam objetivamente essas posições no espectro ideológico dos termos usados.
Gostei muito da vossa resposta ao Direito de Resposta. Factos são factos e contra eles não há argumentos. Tradições são os “Caretos” de Trás-os-Montes, os Tapetes de Arraiolos, o Cante Alentejano e o Fado, entre muitos outros. Os ideais nacionalistas da extrema direita, nostálgicos do Estado Novo (fascistas, nazis ou como lhes queiram chamar) não são tradições. Felizmente já temos mais tempo de democracia do que de ditadura!!!
Neonazis??? Agora ser patriota e defender o bom senso é ser Neonazi? JESUS……
O «Reconquista» é um grupo liberal/maçónico e falsa oposição, é uma fraude igual à do Partido Chega por forma a dar a falsa ideia de que existe oposição ao regime.
olha, sou neonazi e não sabia