A greve dos professores às reuniões de avaliação dos Ensinos Básico e Secundário, que arranca a 18 de Junho, pode “lançar o caos” nas escolas, influenciando negativamente os processos de matrícula e a constituição das turmas para o próximo ano lectivo.
Os sindicatos de professores marcaram, esta segunda-feira, uma greve às reuniões de avaliação dos Ensinos Básico e Secundário, e também do Pré-escolar, a partir de 18 de Junho. Mas a paralisação pode prolongar-se até Julho.
A situação está a provocar preocupação entre pais e directores de escolas que temem não apenas pelo normal funcionamento do presente ano lectivo, mas também pelo arranque do próximo ano escolar.
“É dramático para as escolas porque vai atrasar o processo de matrícula dos alunos e também os processos de formação de turma, que fazemos nesta altura, e corre-se o risco de o arranque do ano lectivo poder estar comprometido“, lamenta Filinto Lima, da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), em declarações ao Diário de Notícias.
Filinto Lima sustenta que “se é dramático para as escolas por poder lançar o caos“, o caso “também não é agradável para os pais e para os alunos porque não sabem se passaram de ano ou não”.
As famílias poderão, assim, ter que ir de férias sem saberem se os filhos passaram de ano ou não, e os próprios professores poderão ter os seus períodos de férias comprometidos.
“Há timings, prazos e datas marcados, o período antes de as pessoas irem de férias é muito apertado”, explica ao DN Manuel António Pereira, da Associação Nacional de Directores Escolares (ANDE), constatando que “para que todos possam fazer férias é preciso ter o mês de Agosto e metade de Julho livres”.
Se não houver acordo nas próximas reuniões negociais e a greve se mantiver, “não há muitas medidas que possam ser tomadas”, avisa Manuel António Pereira.
“As reuniões dos conselhos de turma só podem ocorrer se estiverem todos os professores presentes”, aponta o elemento da ANDE. E “se faltar um docente, a reunião é marcada para daí a 48 horas e assim sucessivamente”, nota ainda Filinto Lima, realçando que “isto pode não ter fim à vista”.
Do lado dos alunos, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção, manifesta “preocupação” com o “impacto grande no início do próximo ano lectivo”, nomeadamente quanto ao “tempo de funcionamento da escola, porque as famílias não têm onde deixar os seus filhos“, refere em declarações ao DN.
É uma tristeza!!!! Sou licenciada, também, trabalho oito, ou mais horas por dia no local de trabalho e tenho que ler legislação todos os dias e fazer trabalho em casa. Tenho 22 dias de férias; só. Não poderia nunca exercer a minha profissão senão tivesse após a conclusão da(s) licenciaturas ( tenho duas), feito um exame para a minha Ordem. Custo do exame 300€. oportunidades para repetir 2.
Não percebo o que esta classe profissional quer, nem como é feita a gestão desse ME. Todos os anos há concurso…. no meu caso e da maioria dos licenciados, só há concurso quando há vagas. Ninguém acaba o curso e tem entrada no ministério da economia; finanças, Administração ou tribunal. Não entendo como é possível que com tanta “mente brilhante” neste país, esta classe continue a ter tanto poder. Ok, são muitos e representam uma grande fatia de votos, para quem lhes ceda os “desejos”. Mas o que são a mais do que outros profissionais, que não tem direitos, regalias e são tão úteis como esses?
Eu não sou professor mas posso apontar-lhe alguns erros. Primeiro no tribunal os Juízes entram directamente sem concurso, acabado o curso no CEJ emprego garantido e bem remunerado.
Quanto às razões dos professores o que é apresentado é diferente da vergonha que se passa; o que é alegado são os anos da troika que não querem contar como anos de serviço. Agora o que os professores deviam reclamar era de:
– Burocracia em excesso sem qualquer sentido; que sentido faz estarem horas a atender pais quando um e-mail na globalidade das situações resolve e assim podiam dedicar-se aos alunos com mais problemas ou dificuldades;
– Deviam queixar-se da alteração permanente dos currículos;
– Deviam queixar-se dos concursos em que professores com menos tempo de serviço passam à frente de professores com mais tempo de serviço ( o passar à frente quer dizer que são colocados em escolas mais próximas da residência)
– Deviam queixar-se das condições de muitas escolas.
– Deviam queixar-se de serem colocados a dar aulas em escolas longe da residência e não terem qualquer subsídio de alojamento;
– Deviam queixar-se da permissividade da legislação relativamente aos alunos que os deixa atados de pés e mãos face ao mau comportamento dos mesmos
A senhora é licenciada? E depois? Quem não é também tem direito à vida! Essa agora.
Só trabalha oito por dia? Pois fique sabendo que os professores trabalham muito mais do que isso. Começo com aulas às 8:15 e à meia-noite ainda estou a corrigir testes.
Os professores também só têm 22 dias de férias. Essa estória dos três meses de férias é um mito. No ano passado na primeira semana do mês de agosto ainda estava a corrigir exames e no dia 1 de setembro já me estava a apresentar na escola.
Fez um exame para a ordem que custou 300euros? E daí? Quase o dobro desse valor pago eu em viagens em cada mês.
Minha senhora, obviamente que os concursos dos professores também só existem porque há vagas. Mas muito menos das que deviam existir. Só isso explica que haja professores com mais de vinte anos de serviço que são contratados, ano após ano, sem entrarem para um quadro, que não é uma escola, é uma área com muitas escolas que por vezes distam mais de 200Km. Também é assim na sua querida ordem?
E é a classe dos professores que tem poder? Os professores andam comer sandes minha senhora, já não dá para mais…
Abra os olhos, quem tem poder neste pais são os escritórios de advogados dos diversos regimes.
https://eco.pt/2017/12/11/conheca-os-escritorios-de-advogados-com-mais-ajustes-diretos-com-o-estado/
Cara Maria Sousa,
É pena que, mesmo com 2 licenciaturas, ainda não tenha concluído que quando não sabemos do que falamos, devemos estar quedos no nosso canto.
Tudo quanto escreveu, revela total ignorância. Não há frase que faça sentido, que tenha alguma lógica. Tudo o que pretende sugerir reflecte precisamente o contrário do que se passa com a classe docente.
Não vou estar aqui a perder tempo a elucida-la. Apenas respondo a uma das suas supostas interrogações: «Não percebo o que esta classe profissional quer» Pois bem, quer apenas ter os direitos que a Maria tem!
Em relação ao Ministério da Educação tenho a dizer:
– Os professores deveriam ser avaliados nas suas áreas de conhecimento
– Os professores deveriam ser obrigados a frequentar cursos de preparação pedagógica com regularidade
– Deveria haver uma forma de diferenciar positivamente os professores mais dinâmicos que se envolvem mais com a comunidade e que extravasam o seu trabalho para fora da sala de aulas e das obrigações diárias
– Qualquer professor que esteja permanentemente com baixas médicas (falsas), ou a faltar (sem qualquer razão séria, e alguns apenas fizeram isto ao longo dos muitos anos de ensino que possuem) deveriam ser imediatamente corridos
– A evolução na carreira não pode ter apenas como base (ou basear-se essencialmente) no número de ano. Tem de haver provas; tem de haver algo que justifique a subida para além das rugas e dos cabelos brancos
– Deveria ser instituído o cheque-educação e promover-se a convivência do regime cooperativo, particular e público.
– O atual ministro da educação tem de sair imediatamente de lá e o seu nome riscado da história dos ministros da educação de Portugal. Em seu lugar inscrever-se-á “modelo partilhado por Mário Centeno e Mário Nogueira”
– O Mário Nogueira deveria ser obrigado a dar aulas e deveria haver um limite do número de anos que se pode ser dirigente sindicalista, ou isto é só para os autarcas e presidente da república?!
Só leio disparates quando o povao decide falar da classe docente! Que sabem vocês do que é ser professor? Que sabem das nossas reivindicações? Apenas sabem o que a comunicação social vos quer dar. Mentiras e meias verdades. Hoje em dia crê-se que os professores estão ao serviço dos pais. Engano. Os professores estão ao serviço da nação.
Um país que trata de forma tão baixa e vil os seus professores não pode ter futuro.
Aos que acham que é uma alegria, um trabalho que qualquer um faz, férias até mais não é sopas e descanso, bom remédio: candidatem-se!
A preocupação da CONFAP é onde colocar os miúdos quando as férias acabarem…isto diz muita coisa….
Maria José, o que se está a exigir é que deixem de roubar os professores. Se você está mal, tente ficar melhor mas o que não pode dizer é que no seu ” buraco”, em que parece que se encontra, tem que estar mais alguém, neste caso, os professores.