Uma nova greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) vai paralisar grande parte da circulação de comboios esta segunda-feira. Não estão programados serviços mínimos.
A greva, convocada por várias organizações sindicais da empresa pública, é a segunda em apenas três semanas, já que a 12 de março se realizou uma greve similar que paralisou mais de 150 comboios.
A Comboios de Portugal avisou em comunicado de que devido à greve estão previstas “supressões em todos os serviços” e que não vai haver transportes alternativos.
Ao contrário do que se passou com a greve do dia 12 de março, durante a qual estiveram em funcionamento serviços mínimos de 25% em Lisboa e no Porto, para a greve desta segunda-feira não foram decretados serviços mínimos, decidiu o tribunal arbitral.
Na ponderação dos argumentos, concluiu-se que “não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas”.
A decisão da arbitragem realça haver meios alternativos de transporte para satisfazer “necessidades sociais impreteríveis”, como acesso a cuidados de saúde, escola e serviços de segurança.
Face a esta decisão, a IP, empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional REFER e a EP – Estradas de Portugal, apresentou uma declaração de voto vencido, argumentando que “não existe alternativa válida ao transporte ferroviário”.
A “total ausência de circulação de comboios durante um período de 24 horas acarretará necessariamente a não satisfação de necessidades sociais impreteríveis”, como acesso aos serviços de saúde, aos locais de trabalho e o regresso “após a celebração das festividades da Páscoa de grande tradição”.
Os trabalhadores da IP protestam para exigir aumentos salariais, algo que não acontece desde 2009, e surge depois de este sábado se ter realizado uma reunião no Ministério do Planeamento e a Infraestruturas entre representantes do Governo, da IP e dos sindicatos, sem que se tenha alcançado acordo.
// EFE
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