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Greve na CP. Empresa alerta para fortes perturbações nesta sexta-feira

Miguel A. Lopes / Lusa

A CP – Comboios de Portugal alertou para fortes perturbações na circulação, na sexta-feira, devido à greve de trabalhadores das bilheteiras e revisores convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

“Por motivo de greve convocada por organização sindical preveem-se supressões de comboios a nível nacional em todos os serviços no dia 24 de julho”, avisou a empresa esta quinta-feira, em comunicado citado pela agência Lusa.

A transportadora ferroviária prevê ainda que ocorram perturbações na circulação dos comboios esta quinta-feira e no sábado.

Aos clientes que já tenham bilhetes para viajar em comboios que sejam suprimidos, a CP permitirá o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos.

Em 10 de julho, o SFRCI anunciou que os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP cumprem uma greve nacional de 24 horas exigindo a retirada da proposta de regulamento de carreiras apresentada pela empresa, que consideram “humilhante”.

“A proposta de regulamento de carreiras que a empresa apresentou na quinta-feira da semana passada [dia 2 de julho] é humilhante para os trabalhadores do comercial e é inaceitável. Nesse sentido, os trabalhadores querem que a empresa retire esta proposta da mesa negocial”, afirmou o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) em declarações à agência Lusa, naquela altura.

Segundo o dirigente sindical Luís Bravo, os trabalhadores “não aceitam” a pretendida “extinção, por fusão, das categorias de revisor e de operador de venda e controlo da bilheteira”, considerando que se “mistura o conteúdo funcional das categorias, quando um trabalhador itinerante não tem nada a ver com um trabalhador fixo de uma bilheteira ou vice-versa”. “O que nos apresentam é uma polivalência total que não se compreende e que os trabalhadores rejeitam por completo“, sustentou.

Também “inaceitável” para o sindicato é “a extinção de carreiras para onde os trabalhadores podiam progredir, como técnico comercial 1 e 2”.

“Estas e ainda outras questões tornam a proposta da CP inaceitável e os trabalhadores ficaram muito surpreendidos, pela negativa, por aquilo que a empresa vem propor”, afirmou o dirigente sindical.

ZAP // Lusa

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