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Greve na Fiat após transferência de Cristiano Ronaldo

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Peter Powell / EPA

Cristiano Ronaldo

Esta quarta-feira, os trabalhadores da fábrica de Melfi, em Itália, que integra o grupo Fiat Chrysler Automóveis (FCA), convocaram uma greve em protesto contra o valor da transferência de Cristiano Ronaldo para a Juventus.

Cristiano Ronaldo ainda não aterrou em Turim mas os efeitos da transferência do português já se começam a sentir (embora não seja pelos melhores motivos).

Os trabalhadores da fábrica em Melfi do grupo Fiat Chrysler Automóveis (FCA), no sul de Itália, vão fazer dois dias de greve em protesto contra a contratação de Cristiano Ronaldo pela Juventus, o clube liderado por Andrea Agnelli, herdeiro do fundador da Fiat, detido pela EXOR N.V., a mesma sociedade que é dona da FCA.

Esta terça-feira, a aquisição de Cristiano Ronaldo, por cerca de 100 milhões de euros ao Real Madrid, foi anunciada pela família Agnelli.

Segundo o Jornal de Notícias, esta transação levou a que o sindicato USB (União Sindical de Base) anunciasse que os trabalhadores de Melfi vão mesmo paralisar entre os dias 15 e 17 de julho. O motivo por trás desta protesto é o facto de os funcionários considerarem inaceitável que a empresa continue a pedir sacrifícios aos trabalhadores quando gasta milhões na transferência de um futebolista.

Em comunicado, o sindicato questiona: “É normal uma pessoa ganhar milhões, enquanto milhares de famílias a meio do mês já não têm quase dinheiro?”. Além disso, acusa a empresa de preferir colocar o mundo do futebol e do entretenimento à frente dos interesses dos seus funcionários.

Esta greve – que acontece a partir das 22 horas de domingo, 15 de julho, e as 18 horas de terça-feira, 17 de julho – aguardava apenas a confirmação da transferência de Ronaldo, adianta o Observador.

Já na semana passada, quando o negócio não passava de um rumor, a agência DIRE dava conta do descontentamento dos trabalhadores da Fiat, que estão há uma década sem receber qualquer aumento. Aliás, os funcionários da fábrica de Melfi vêm protestando há muito tempo contra a falta de condições laborais e os ritmos de trabalho exagerados.

ZAP //

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