A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais convocou para esta sexta-feira uma greve do pessoal não docente. A instituição quer seis mil novos trabalhadores.
Por todo o país, trabalhadores não docentes dos estabelecimentos de ensino estão em greve, em protesto contra a “falta crónica” de funcionários nas escolas.
A greve foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, com o argumento de que a falta de pessoal não docente se arrasta sem solução há anos, apesar das promessas dos sucessivos governos e que o problema se agravou no presente ano letivo.
A estrutura sindical exige ainda o fim da precariedade, a integração dos atuais trabalhadores precários e a contratação imediata de mais 6.000 trabalhadores para os quadros.
A lista de reivindicações inclui ainda uma nova portaria de rácios e dignificação salarial e funcional e o fim do processo de descentralização das escolas públicas, e um ensino universal, inclusivo e de qualidade.
A estrutura sindical espera que a greve nacional encerre escolas em todo o país e um forte impacto nos estabelecimentos de Lisboa. Ao Diário de Notícias, Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, prevê o encerramento de “largas centenas de escolas a nível nacional”.
“A greve vai ser uma demonstração muito clara do descontentamento que existe nas escolas por parte dos trabalhadores não docentes”, afirmou.
“Esta greve resulta de um processo de greves regionais que tem vindo a ser feitas de escola a escola, com uma demonstração clara de falta de pessoal”, e têm tido o “apoio claro” de encarregados de educação e alunos. “Os trabalhadores têm a razão do seu lado e as suas revindicações são justas e têm de ter resposta política”, remata Artur Sequeira.
ZAP // Lusa