Estudantes portugueses fazem greve às aulas pelo clima

@GretaThunberg / Twitter

Greta Thunberg, a activista sueca de 16 anos que deu origem ao movimento “School Strike 4 Climate” (“Greve à escola pelo clima”).

O movimento internacional “School Strike 4 Climate” que tem convocada uma greve às aulas a nível mundial, para 15 de Março, para alertar os políticos para a importância de defender o futuro da Terra e inverter a tendência dramática das alterações climáticas, chegou a Portugal.

Estudantes portugueses estão a promover a participação na greve mundial às aulas que está convocada para 15 de Março pelo movimento “School Strike 4 Climate” (ou seja, “Greve à escola pelo clima“).

Este movimento foi criado pela activista sueca Greta Thunberg que, com apenas 16 anos, tem dado que falar depois de ter feito discursos poderosos, em prol da defesa do clima, na Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP), na Polónia, e no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça.

Em Davos, Greta Thunberg foi mesmo aplaudida por Bono Vox, vocalista dos U2, quando disse aos intervenientes num painel de discussão que também eles tinham responsabilidades pelo actual estado preocupante do planeta.

A jovem sueca começou a fazer greve às aulas todas as sextas-feiras, manifestando-se em frente ao Parlamento de Estocolmo, na Suécia, com cartazes apelando aos políticos do país para tomarem acções concretas para salvar o planeta.

Vários jovens noutros países do mundo têm imitado Greta Thunberg. E em Portugal, surgiu a página de Facebook “Greve Climática Estudantil” que apela à participação dos estudantes portugueses na greve mundial às aulas marcada para 15 de Março.

“Exigimos ao Governo que faça da resolução da crise climática a sua prioridade“, salienta-se na página na rede social. “O nosso futuro é mais importante do que UM dia de aulas”, acrescenta-se.

Este grupo de estudantes está a promover concentrações para Lisboa, no Largo Camões, para o Porto, junto à Câmara Municipal, e para Coimbra, também junto à Câmara, para 15 de Março.

“O objectivo é mostrar aos Governos que não estamos a brincar com isto, que precisam de tomar medidas sérias e urgentes na resolução da crise climática, já que têm estado a ignorar os acordos climáticos”, explica ao Diário de Notícias (DN) Matilde Alvim, estudante de 17 anos da Escola Secundária de Palmela que está associada ao movimento pela greve em Portugal.

Neste momento, o movimento de jovens inclui “15 estudantes de escolas secundárias e universidades do Porto, Lisboa e Coimbra”, como destaca o DN, onde Matilde Alvim refere que se pretende “mobilizar as pessoas para criar contactos” no sentido de que “os estudantes se desloquem” e se consiga “um movimento mais concentrado e visível nas três cidades”.

Entre as medidas que estes estudantes defendem como prioritárias para aplicação no país, Matilde Alvim aponta “a descarbonização dos transportes particulares e públicos”, uma maior “aposta nas energias renováveis“, a “aplicação de impostos altos às empresas que excedam níveis de poluição aceitáveis”, “maior e melhor monitorização dos rios” para que não haja neles descargas de “resíduos industriais tóxicos” e “a proibição definitiva da exploração de energias fósseis em Portugal”.

Na Bélgica e na Alemanha, já foram realizados vários protestos organizados por movimentos estudantis sempre com o mote da defesa do clima como motivação.

SV, ZAP //

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