A Grécia vai administrar, a partir do próximo mês, a terceira dose da vacina contra a covid-19 aos mais vulneráveis. Israel garante que a dose extra é eficaz contra variante Delta.
A Grécia vai começar a partir de setembro a administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19 à população mais vulnerável, para combater a propagação da variante Delta, anunciou na segunda-feira a presidente do Comité Nacional de Vacinação, Maria Theodoridu.
A terceira dose de reforço será dada só com vacinas utilizando a tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), como as da Pfizer e da Moderna — mesmo que as pessoas tenham anteriormente sido vacinadas com as da AstraZeneca e da Johnson & Johnson — e será administrada a pessoas que tenham recebido a segunda dose pelo menos um mês antes.
Será dada prioridade para receber a terceira dose a pessoas imunocomprometidas, como doentes que tenham recebido tratamento para o cancro ou feito o transplante de um órgão ou pessoas com o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV).
Theodoridu pediu que esta decisão não distraia do principal objetivo, que é vacinar toda a população, e recordou que as vacinas de duas doses têm uma eficácia de 92% e que, embora os vacinados possam ser infetados e contrair a variante Delta, mais infeciosa, têm 65% menos de hipóteses de transmitir a doença a outros.
As pessoas com direito à terceira dose da vacina poderão pedir o agendamento a partir da próxima semana.
Esta terça-feira, as autoridades israelitas anunciaram que as infeções com a variante Delta estão a cair no país, meses depois de terem avançado para a administração de uma dose extra.
Segundo o The Guardian, cientistas israelitas e dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde mostram que o índice de transmissibilidade entre as pessoas que já receberam uma terceira dose está a cair de forma consistente desde o dia 13 de agosto.
No fim de julho, Israel começou a administrar doses extra a pessoas com mais de 60 anos. Na quinta-feira, alargou essa hipótese a quem tiver mais de 40 anos e estiver vacinado há mais de cinco meses.
ZAP // Lusa