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A maioria das grávidas que têm covid-19 são assintomáticas, diz estudo

A maioria das mulheres grávidas que se encontram infetadas com o novo coronavírus não apresenta sintomas, revela um novo estudo.

Os investigadores analisaram dados de um programa de rastreamento de coronavírus na unidade de obstetrícia do Elmhurst Hospital, na cidade de Nova York, durante março e abril. Das 130 mulheres grávidas examinadas, um terço testou positivo para o novo coronavírus.

Das participantes com teste positivo, 72% não tinha nenhum sintoma da doença, de acordo com o estudo do Sistema de Saúde Mount Sinai, que foi publicado recentemente na revista Plos One.

A pesquisa também mostrou que as mulheres com teste positivo eram mais propensas a identificar-se como hispânicas e a ter a língua espanhola como o seu idioma principal.

Os resultados fornecem provas de que houve uma disseminação assintomática precoce e generalizada do vírus quando a maioria dos testes comunitários e hospitalares eram restritos a pessoas com sintomas, revelaram os investigadores.

“Este estudo é importante para outras unidades de parto e para hospitais em todo o mundo”, disse a investigadora, Sheela Maru, professora de saúde e obstetrícia na Escola de Icahn de Medicine at Mount Sinai, em Nova York.

Os autores do estudo observaram que a taxa de infeção entre mulheres grávidas na cidade de Elmhurst era maior do que noutros hospitais da cidade de Nova York, sobretudo durante o pico da pandemia da cidade, e esta situação pode ser explicada pelo tipo de pacientes que são atendidos no hospital.

O hospital de Elmhurst é público e atende muitos pacientes que são imigrantes e que passam por grandes dificuldades económicas, visto que foram gravemente afetados pela pandemia do novo coronavírus na primavera, indica o estudo.

Segundo o WebMD, a equipa concluiu que a triagem universal na unidade de parto de Elmhurst garantiu a segurança dos pacientes e da equipa através da identificação e isolamento de mulheres grávidas que obtiveram resultado positivo para o novo coronavírus.

Ana Moura, ZAP //

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