O Ministério da Educação confirmou que vai acabar com a contestada Bolsa de Contratação de Escolas (BCE) a partir do próximo ano letivo.
Este modelo de contratação de professores, introduzido por Nuno Crato e que tanto foi contestado, está prestes a acabar, mais precisamente no próximo ano letivo, confirmou o Ministério da Educação à Lusa, citado pela Renascença.
“Este modelo claramente não funcionou”, justificou o ministério no esclarecimento enviado à agência, explicando que a “média de espera para contratação de um professor é de 21 dias”.
O Ministério diz ainda que deverá ser encontrado um modelo mais eficaz em “sede negocial” para “valorizar a função docente”.
A BCE começou a ser aplicada em 2014 como forma de colocação de professores contratados nas escolas consideradas Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e nas escolas com contrato de autonomia.
A dificuldade em confirmar a veracidade dos dados apresentados pelos professores nas candidaturas atrasou e muito o processo de colocação nas escolas.
Os erros obrigaram a que o concurso tivesse de ser anulado e refeito, tendo deixado muitos professores, que inicialmente estavam colocados, sem um lugar nas escolas, bem como milhares de alunos sem aulas a algumas disciplinas.
A Federação Nacional dos Professores já reagiu a esta decisão em comunicado, considerando que finalmente deverá fazer com que “toda a contratação respeite regras transparentes e justas que só o concurso nacional, assente na graduação profissional, pode garantir”.
A Fenprof “aguarda agora o início das negociações, nas quais aproveitará para apresentar ao Ministério da Educação propostas de alteração relativas a outros aspetos do regime de concursos”, pode ler-se no comunicado.
ZAP