O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse esta quarta-feira que o Governo quer desenvolver a questão da interligação elétrica a Marrocos, contemplada na versão preliminar do plano de recuperação económica do gestor da petrolífera Partex António Costa Silva, pedido pelo executivo.
“Esta questão da relação com Marrocos é uma questão que queremos desenvolver. Sentimos ser da maior importância, para ganharmos espaço naquilo que é a nossa afirmação como país também exportador de energia”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, que falava numa audição regimental, na Assembleia da República.
O governante sublinhou que a ambição do Governo é tornar o país o mais independente e autossuficiente possível em matéria de produção de eletricidade. Para isso, Matos Fernandes esclareceu que as interligações são fundamentais para a estabilidade dos sistemas elétricos.
Mais, o ministro do Ambiente destacou também a necessidade de avançar o mais possível com a armazenagem, para reduzir o risco de intermitência desses mesmos sistemas.
Na versão preliminar do plano de recuperação económica 2020/2030, conhecida em 10 de junho, o consultor António Costa Silva destaca o reforço das “interligações energéticas da Península Ibérica com França” e a concretização da “interligação elétrica a Marrocos”.
O consultor defende também a aposta na “eletrificação da economia, associada a uma profunda descarbonização do setor eletroprodutor”, garantindo que “acabam as isenções ao consumo de subsídios fósseis” e reforçando “a aplicação da taxa de carbono”.
O plano preconiza também um investimento “na rede nacional de transporte de eletricidade, incluindo a concretização das interligações a Espanha, já previstas”, bem como na modernização da “rede de distribuição (média e baixa tensões)”.
Segundo a estratégia delineada por Costa Silva, deve ainda ser construída “a rede de alta tensão que liga Ferreira do Alentejo ao Algarve e que é importante para a exportação de energia, em particular da energia solar”, assim como “um gasoduto para a exportação de gases renováveis a partir de Sines, e com destino ao centro da Europa”.
No seu plano, o gestor e economista definiu as infraestruturas como um pilar chave para o desenvolvimento do país nos próximos anos. “O país tem acumulado muitas polémicas sobre as infraestruturas. É agora o tempo de as fazer”, escreveu.
“A construção das infraestruturas vai ser uma alavanca da economia nacional, arrastando todo o setor da construção, dinamizando as empresas nacionais e os fornecedores de equipamentos e serviços e, consequentemente, promovendo o emprego”.
No início de junho, o Governo confirmou que António Costa Silva tinha sido convidado para coordenar a preparação do programa de recuperação económica e que este tinha aceitado esse convite “como contributo cívico e ‘pro bono’”.
ZAP // Lusa
Que tal um tunel? Assim os rapazes já nem precisam de remar para receber o subsídio. E os idosos de cá com apenas reforma de miséria podem facilmente ir aí mendigar
Depois das notícias sobre o possível encerramento da central termoelétrica a carvão de Sines… e no seguimento da importação de energia elétrica de MARROCOS,… via Espanha…
Averigue-se se a energia elétrica de MARROCOS não é também produzida em centrais termoelétricas a carvão (sem pagar os tais direitos de emissão de CO2 e os “filtros obrigatórios nas chaminés”) ! ! !
Como também já foi realçado por outros, quando Marrocos estiver a “bombar” energia elétrica a partir de painéis fotovoltaicos, também Portugal estará nas mesmas condições devido à “hora solar/características solares” idênticas nos dois países…
E ainda mais dependentes.
Este ministro…quando olho para ele lembro-me sempre do Pinho e do 44
Somos dois!
Este ministro agora acalmou-se com o prédio Coutinho em Viana do Castelo. Andava com muita pressa de o pôr abaixo, mas quando descobriram a vigarice desse propósito, este ministro nunca mais falou no assunto.
Já sentem o cheiro do dinheirinho a vir da Europa e é logo o forróbódó das obras e projetos faraónicos duvidosos para os amigos do costume. Que corja de políticos que temos.
Espero que a UE controle de perto o uso destes dinheiros pois nas mãos dos socialistas é tradição o desvaire em larga escala.
O homem parece ter ideias um pouco mais vanguardistas que muitos portugueses, mas esta da ligação eléctrica a Marrocos deixa-me também a mim na dúvida, se será mesmo para nós vender-mos ou se será para importar electricidade produzida a carvão ou centrais nucleares que nós por cá não queremos e não podemos ter e se na prática vamos continuar a consumir através de meios que afectam o planeta embora produzidos noutro país, os políticos são muito mentirosos e hábeis em trocadilhos.