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Vem aí apoio ao abate de carros antigos (e boas notícias para elétricos)

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Programa de incentivo ao abate de carros antigos e poluentes estará no OE2025. Governo está também a preparar novo Regulamento da Mobilidade Elétrica para simplificar as regras de carregamento de veículos elétricos.

O Governo vai relançar o programa de incentivo ao abate de carros antigos e poluentes, como medida inserida no Orçamento do Estado e parte de um conjunto de iniciativas para promover a “mobilidade verde”, avança fonte governamental ao Jornal de Notícias esta segunda-feira.

O programa visa retirar das estradas veículos em fim de vida, com matrícula anterior a 2007. Embora os detalhes finais só sejam revelados após o Conselho de Ministros de 19 de setembro, o apoio ao abate de carros já era uma proposta delineada anteriormente: o Executivo de António Costa previa investir 129 milhões de euros para remover até 45 mil veículos mais antigos e poluentes.

A iniciativa faz parte de um plano mais abrangente de promoção da mobilidade sustentável, que inclui também a criação de um passe ferroviário nacional e o incentivo à aquisição de veículos elétricos.

O conjunto de medidas será oficialmente apresentado no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento, no âmbito da Semana da Mobilidade.

Aproximadamente 1,5 milhões de carros em circulação têm mais de 20 anos, alerta a Associação Automóvel de Portugal ao matutino. Estes veículos representam 26% do total, uma percentagem que tem vindo a crescer desde o início do século, quando apenas 1% dos carros em circulação tinha mais de duas décadas.

Regras mais simples para carregar elétricos

O Governo está também a preparar um novo Regulamento da Mobilidade Elétrica, com o objetivo de simplificar as regras de carregamento de veículos elétricos e abrir o mercado a novos operadores, avança a secretária de Estado da Mobilidade, ao Jornal de Negócios.

Cristina Pinto Dias anunciou que as novas medidas serão conhecidas até ao final de novembro de 2024. Atualmente, o sistema é considerado complexo.

Uma das principais mudanças previstas é a eliminação da obrigatoriedade de ter um contrato com um comercializador de eletricidade para carregar os veículos.

“Gostaria muito que daqui por cinco anos fosse tão fácil carregar um veículo elétrico como é hoje é abastecer numa bomba de combustível”, reforçou a secretária de Estado.

Cristina Pinto Dias prometeu também novos apoios à compra de veículos elétricos, que deverão ser anunciados nos próximos dias.

Outro aspeto abordado foi a questão dos contratos de concessão dos postos de carregamento, alguns dos quais com durações de 15 a 20 anos. Embora o Governo pretenda respeitar os contratos existentes, a nova legislação poderá trazer alterações para evitar compromissos excessivamente longos, sem prejudicar os investidores.

“Há concessões atribuídas e o Estado respeita a lei. Se o contrato está em vigor, vai continuar a ser cumprido. Mas um dos alertas que vamos ter de colocar na nova legislação é ter cuidado com estes contratos a 15 e a 20 anos, sem impedir, ainda assim, que os investidores tenham garantia de retorno”, disse a governante.

O regulamento europeu AFIR, que entra em vigor em abril de 2024, prevê a instalação de postos de carregamento a cada 60 quilómetros, sendo esta uma das metas que o Governo terá de conciliar com o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030).

Atualmente, a rede pública conta com cerca de 5.200 postos de carregamento, e o novo regulamento também irá abordar a transparência nos preços da eletricidade usada para a mobilidade.

Tomás Guimarães, ZAP //

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4 Comments

  1. Gostava de saber o númro de automoveis elétricos registados em Portugal,em nome de particulares e os registados em nome de empresas ou de pessoas coletivas…

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  2. Talvez uns 100 ou 200 carros em nomes de particulares.
    Se em PT mais de 80/85% das vendas de carros novos são para Empresas/EDI … com o preço dos elétricos e benefícios fiscais para empresas/ENI a % deve ser uns 95%

    (mesmo que o carro custe 75.000€ e seja elétrico tem LOGO à cabeça o desconto do IVA = 15.000€ e está isento a 100% de TA e IUC – por isso é que vê tantos carros de luxo (Porsche, Jaguar, etc – se for um carro a gasolina ou diesel de 30.000€ paga TUDO = IVA, IA, TA, IUC, etc)

    DEVIA haver um desconto de 5000 (ou 7500€) para TODOS os que querem comprar um VE. Se o carro custar 75.000 desconta esse valor, se o carro custar 25.000 desconta o MESMO valor.
    ISSO sim, é que promovia a troca de carros velhos nas empresas, e nos particulares e ajudava TODOS de forma justa.

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  3. Começa a parecer que andam desesperados para vender a bosta dos eléctricos!…
    Será que não conhecem a realidade do país? A maioria ganhamos menos de 900 eur/mês e está tudo cada vez mais caro?!
    É só de gente estúpida, sejam eles amarelos ou azuis, de esquerda ou de direita. Vivem numa realidade paralela, só pode. Para além de que os eléctricos ainda não convenceram muuuuita gente!
    Isto não é para mim certamente! Nem para a maioria dos portugueses!!

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