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Governo espera receber 9 mil milhões de euros dos bancos até 2020

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d.r. partidosocialista / Flickr

O ministro das Finanças, Mário Centeno

O ministro das Finanças, Mário Centeno

O Programa de Estabilidade apresentado pelo governo prevê uma devolução de valores na ordem dos 9 mil milhões de euros, em garantias prestadas pelo Estado aos Bancos, até 2020.

Só do ex-BPN, o Ministério das Finanças conta receber “um total de 2705 milhões de euros dos dois fundos que gerem os activos problemáticos” da instituição”, revela o Dinheiro Vivo.

Já neste ano de 2016, as contas públicas contam com a devolução de 356 milhões daqueles dois Fundos, de acordo com a mesma fonte.

No caso do Novo Banco (que tem uma garantia do Estado de 3500 milhões), o governo conta com “o reembolso de mil milhões durante 2016” e o resto “até Fevereiro de 2017”, destaca ainda a publicação.

A dívida garantida pelo Estado ao Novo Banco, BPI, CGD, BES e BCP ascendia, no final do ano passado, a 6300 milhões de euros. Além do Novo Banco, as restantes instituições financeiras também vão ressarcir os cofres públicos na totalidade das garantias prestadas até 2020.

Esse é, pelo menos, o plano, conforme se estipula no Programa de Estabilidade, e, caso seja cumprido, será uma ajuda essencial para o equilíbrio das contas de Mário Centeno, ministro das Finanças.

O Dinheiro Vivo apurou que o Estado injectou no ex-BPN, em outros Bancos, em empresas públicas e nas Regiões Autónomas um total de 22,8 mil milhões de euros, até ao final de 2015.

Daqui a cinco anos, conforme estipula o Programa de Estabilidade, o Estado espera ter a haver apenas 9.597 milhões de euros, ou seja, uma redução de 42% – significativa, mas ainda assim arriscada para as contas públicas.

ZAP

2 Comments

  1. Mesmo só prevendo a recuperação de menos de 50% do dinheiro “despejado” nestes bancos o Governo ainda receia que os bancos não paguem esta pequena parte prevista.
    Será que a Justiça Tributária não consegue penhorar nada a estes prevaricadores?Nem metê-los “MESMO” na cadeia?É que mais de 10 anos a fazer de conta que os estão a julgar é já tempo a mais e o “circo” tem de acabar.

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